As 12 personalidades que ilustram o Calendário Afro-Piracicabano 2024 foram reveladas na manhã da última segunda-feira, 20/11, Dia da Consciência Negra, em solenidade no Teatro Municipal Erotides de Campos, o Teatro do Engenho. O evento de lançamento da sexta edição do material teve participação dos próprios homenageados, além de parentes, amigos, membros do Conepir (Conselho Municipal de Promoção e Igualdade Racial de Piracicaba) e autoridades da cidade, como o secretário da Semac (Secretaria da Ação Cultural), Carlos Beltrame, que representou o prefeito Luciano Almeida.

O Calendário Afro-Piracicabano é produzido pela Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria de Governo e da Semac, em parceria com o Conepir (Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Piracicaba) e o Centro de Documentação Cultura e Política Negra de Piracicaba (CDCPN).

Os homenageados e os respectivos meses no Calendário Afro-Piracicabano 2024 são: Acácio Godoy (janeiro), Madalena (fevereiro), Waldemar de Souza Costa (março), Adílson Araújo Abreu (abril), Leny Aparecida Monteiro (maio), Antônio Eslibão (junho), José Maria Teixeira (julho), Aparecida de Jesus (agosto), José Alexandre de Almeida (setembro), Araci Aparecida da Silva (outubro), Elizete Adão (novembro) e Elaine Teotônio (dezembro).

Como em todas as edições, as pessoas que figuram no calendário de 2024 ostentam um legado no movimento negro, cujas histórias marcaram ou ainda marcam outras pessoas e épocas. Um vídeo que apresentou cada um dos homenageados foi transmitido durante o evento.

Interessados em obter gratuitamente uma cópia do calendário 2024 devem enviar e-mail para silveiralucia60@gmail.com ou ligar na sede da Semac: (19) 3403-2600.

A professora e presidente do Conselho da Mulher, Marilda Soares, que fez a abertura do evento, lembrou que o Dia da Consciência Negra é um espaço significativo para o lançamento do Calendário Afro-Piracicabano, material que ela classifica como um feito histórico que valoriza e preserva a memória afro em Piracicaba.

“Pensar no dia 20 de Novembro não é apenas lembrar da morte de Zumbi dos Palmares, não é isso que celebramos. Celebramos sua vida e seu legado de luta contra privação da liberdade, como na escravidão, e que ainda impacta em nós e em toda uma sociedade. Uma sociedade democrática tem que ser antirracista. Temos que construir políticas públicas que levem à equidade”, completou Marilda.

Agnaldo Benedito de Oliveira, presidente do Centro de Documentação Cultura e Política Negra de Piracicaba, destacou que Piracicaba está à frente no interior paulista na luta das questões étnicos raciais. “Piracicaba não foge da luta contra a discriminação, é uma luta constante. Agradecemos a atual administração municipal por, hoje, o Centro ter um local, no Engenho Central, para receber bem as pessoas”, falou.

Para o secretário da Ação Cultural, Carlos Beltrame, o lançamento do Calendário Afro-Piracicabano fortalece a luta do povo negro na cidade. “É um material que reconhece o trabalho e a vida de pessoas negras que contribuíram e ainda contribuem para o desenvolvimento do município em diversas esferas, do social ao econômico”, disse.

Já Luciano Alves Lima, do Conepir, disse que o “calendário engrandece a existência negra na cidade”. Cida Costa, vice-presidente do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo, ressaltou que a luta do povo negro é constante e o calendário mostra Piracicaba engajada neste movimento.