Colocar-se a serviço da paz:
já pensou a respeito?!
Bom dia, caro leitor! Saúde e Paz para
todos nós!
Hoje gostaria de refletir um pouco sobre a
prática do servir. Sei que muitos já internalizaram a ideia de que podem
contribuir, com seu tempo ou até mesmo com recursos materiais junto àqueles que
sofrem por viverem em condições difíceis ou precárias, seja de que modo for.
Isto é maravilhoso e necessário.
Porém, é notável que estamos em um mundo
conturbado e assolado o tempo todo por discussões acaloradas, disputas, guerras
e até fenômenos físicos como vulcões, tempestades, furacões como se a Mãe Terra
estivesse dizendo que também não está satisfeita com o jeito como a Vida anda
no planeta! A agressão parece que anda solta...
O que estou querendo dizer é que
paralelamente aos mais necessitados de
todo tipo, há uma outra necessidade que se relaciona com colaborar com a paz no
mundo. Talvez você ache que não pode fazer nada, mas garanto-lhe: pode e muito!
Uma coisa que não nos damos conta é que a
paz interna reverbera na paz externa e coletiva. Se estou em paz, isto
significa, muito provavelmente que estou relativamente bem a respeito dos meus
problemas e conflitos internos, que eles não são suficientes para me deixar
ansioso, angustiado, estressado, sem paz. E este é o primeiro passo na
construção da paz: buscar pelo autoconhecimento, o permitir-se saber quais são
as nossas necessidades, carências, traumas, conflitos e resolvê-los.
Conhecer-se e às nossas dificuldades ajuda muito a encontrar solução para eles
e ficarmos bem, em paz!
O próximo passo é entendermos o porquê a
paz de um reflete na paz de todos. Quem está em paz consigo mesmo e com a Vida
que leva, no geral, é muito mais tolerante, paciente, compreensivo e até
compassivo. Como consequência, sua ação no mundo é mais tranquila! Age mais e
reage menos! Se o fecham no trânsito, simplesmente se agita, mas não grita, nem
ofende ou sai agindo feito um descontrolado para mostrar que o outro estava
errado e que ele tem razão.
Quanto mais nos tratamos, nos cuidamos,
mais tranquilos nos tornamos e haverá muito mais chance de entendermos que o
outro também pode estar atravessando um momento difícil e por isso agiu de
determinada maneira conosco.
Quem cuida dos próprios conflitos internos
tem mais chances de sentir empatia pela dor daqueles que são mais agressivos e,
ao invés de reagir a eles, devolver-lhes na “mesma moeda” como dizem, buscar auxiliar
no apaziguamento do outro.
A paz se faz como construção paulatina e
constante a partir das relações individuais.
A cada ação agressiva que me for
dirigida, se ao invés de reagir, eu agir com firmeza, porém educação e
tranquilidade, interrompo no mesmo ato a possibilidade de surgir ali, um
conflito.
Se a cada ofensa que eu receber, eu não
ofender de volta, mas silenciar por entender que quem agride não está agindo
racionalmente, não apenas evito uma discórdia como evito sentir remorsos
futuros por atos desarvorados que podemos ter quando nos ofendemos ou nos
irritamos.
Nas discussões e discordâncias, mesmo que
a duras penas, se conseguirmos buscar o diálogo e o porquê da dificuldade de
entendimento do outro a respeito do nosso ponto de vista, evitaremos conflitos que
podem se arrastar e trazer dissabores e mais desgaste.
Amigos, fazer a paz é uma questão de
postura. Ser pacífico é uma questão de escolha. O mundo precisa dos pacíficos,
como sementes que germinarão no seu tempo e, pouco a pouco, inundarão o mundo
de paz!
Aceita o convite de ser um semeador de
paz?!
Paz e Bem aos mansos e pacíficos!
Bia Mattos
Psicóloga CRP 06/29269
Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos
Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.