Iniciado oficialmente no dia 28 de março de 2023, o projeto Exercício Físico para Indivíduos com Síndrome Metabólica segue em desenvolvimento com as atividades físicas oferecidas gratuitamente três vezes por semana, atualmente no Centro Comunitário do Parque Primeiro de Maio, localizado a rua Antônio Ferraz de Arruda, 405, em Piracicaba.


O projeto atende 40 pessoas com esta Síndrome, que ocorre quando três dos cinco fatores estão presentes na vida do indivíduo (diabetes, obesidade e hipertensão). O trabalho é uma realização da Prefeitura de Piracicaba, desenvolvido em conjunto pela Selam (Secretaria de Esportes, Lazer e Atividades Motoras) e pela SMS (Secretaria Municipal de Saúde).


Neste período de quase oito meses de desenvolvimento, os resultados do projeto são evidentes. Entre os benefícios para os participantes estão a melhora das capacidades físicas e habilidades motoras, bem como a melhora da qualidade de vida.


A aluna Sandra Cristina Piron Guerreiro, que frequenta o projeto há pouco mais de dois meses, disse que já consegue perceber os resultados positivos nas articulações, que estavam duras e doloridas. “Estou em tratamento de um câncer de pulmão e não saia de casa com depressão. Hoje, estou feliz, num ambiente saudável e na companhia de pessoas incríveis. Agradeço a todos que instituíram o projeto e aos professores que são maravilhosos”, falou.


Para Arivaldo da Conceição Queiroz, que está inscrito desde o início do projeto, os benefícios são ainda mais visíveis, com melhorias alcançadas em sua qualidade de vida, principalmente com o movimento do corpo. “Estou feliz em participar desse projeto, que espero que continue por muitos anos para atingir uma quantidade ainda maior de pessoas”, comentou.


As aulas são monitoradas por professores de educação física da Selam, Paulo Fortunato e Gabriela Manabe Teixeira, que ministram atividades aos pacientes selecionados por especialistas da Unidade de Saúde da Família do Jardim Astúrias e do Posto de Saúde da Família Primeiro de Maio.


Titular da Selam, Maria Angélica Gonçalves da Silva, a Branca, disse que o objetivo geral do projeto que está em andamento é manter os grupos de indivíduos com Síndrome Metabólica sempre com sessões de treinamentos e com atuação multidisciplinar entre as áreas de saúde, com o controle das variações fisiológicas, como glicemia e pressão arterial.


O professor Paulo Fortunato explicou que nestes primeiros sete meses de projeto houve uma evolução nítida nas capacidades físicas dos praticantes, principalmente no equilíbrio e nos movimentos de agachar e de levantar. “Qualquer caminhada era difícil. Hoje, eles fazem caminhadas simples e exercícios por 40 minutos, demonstrando grande evolução nos movimentos, além do aumento da autoestima que também é evidente que melhorou”, ressaltou o professor Fortunato.


A assessora especial de Projetos, professora Pamela Gomes Gonelli, explicou que o projeto tem aporte financeiro do Ministério da Saúde e até o momento é um sucesso no quis diz respeito à manutenção dos indivíduos para a prática de exercício físico. “Quando começamos, queríamos conscientizar os alunos da importância de se manter ativo”, falou.


SÍNDROME – É uma associação entre diabetes, obesidade, hipertensão e aumento de colesterol e que resulta em maior risco cardiovascular. O portador dessa síndrome sofre com a resistência do organismo à ação da insulina que, apesar do pâncreas ainda produzi-la, não consegue agir adequadamente nos tecidos, o que causa a elevação do nível de glicose no sangue.

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