Olá ouvintes e leitores da Rádio Piracicaba, toda quarta-feira estaremos trazendo para você um artigo, uma história de um "CRAQUE DO PASSADO", pode ser ele do Futebol, Basquetel, Vôleibol, Automobilismo, Atletismo, Natação e demais modalidades. 

Nesta Coluna “CRAQUES DO PASSADO” vamos começar com um dos maiores artilheiros da História do XV de Piracicaba.

Vicente Naval Filho, fez a sua estreia nos campos de Piracicaba em 14 de maio de 1944, defendendo as cores da S. R. Palmeiras contra o Paulista F.C pelo campeonato da cidade, aos 16 anos, disputou seu primeiro campeonato e adivinhem, que ele fez, balançou as redes apenas 3 vezes. Isso foi o suficiente para despertar a atenção dos dirigentes do EC XV de Novembro de Piracicaba.

No dia 30 de dezembro de 1945, começou a mudar a história de simples garoto.

Gatão como ficou conhecido, assinava seu contrato com o XV de Piracicaba, clube pelo qual se transformaria no maior goleador de sua história, Gatão já havia feito alguns amistosos com a camisa quinzista em 1945 e marcou seu primeiro tento num desses amistosos, mais precisamente em 19 de agosto de 1945 contra o Comercial de Araras num empate de 2x2, porém a estréia como jogador definitivo do alvinegro foi contra o Libertad do Paraguai em 18 de janeiro de 1946 na vitória do time paraguaio por 3x2.

Com a camisa do XV foi campeão da cidade e campeão da 15°região em 1946 (título que dava direito de disputar o campeonato do interior), bi-campeão do interior de 1947 e 48 (esse como primeiro campeão da lei do acesso) e campeão do torneio início de 1949 da FPF.

No ano de 1950 Gatão foi convocado para a Seleção Paulista no qual jogaria contra a carioca na inauguração do estádio do Maracanã que fora construído em razão da Copa do Mundo que seria disputada no Brasil, Gatão foi muito bem nos treinos, inclusive marcando gols, porém, do time que começou treinando como titular nos preparativos: Osvaldo, Homero, Dema (que jogaria mais tarde no XV), Djalma Santos, Brandãozinho I, Alfredo, Renato, Rubens, Augusto, Gatão e Brandãozinho II, apenas ele não jogou na inauguração (talvez por ser junto com Dorival do Guarani os únicos dos 22 convocados que pertenciam a clubes do interior), sendo substituído por Ponce de Leon do São Paulo F.C.

Gatão começou a chamar a atenção de grandes times, o São Paulo no qual tentou levá-lo ao menos duas vezes, mas não houve acordo com a diretoria alvinegra.

No dia 29 de fevereiro de 1952 o XV de Piracicaba acabou cedendo e liberando seu artilheiro ao S.C Corinthians Paulista, clube que defenderia por 3 anos tornando-se Campeão Paulista de 1952 e 1954, do IV centenário e do torneio Rio-São Paulo de 1953 e 1954.

 Pelo Timão, Gatão disputou 73 jogos e marcou 18 gols.

Em 1955, voltou ao time Piracicabano, no qual jogaria até encerrar a carreira em 7 de janeiro de 1961, em 13 anos como jogador (1946/52-1955/60), disputou mais de 400 partidas e marcou 202 gols pelo alvinegro.

Depois de pendurar as chuteiras Gatão ainda atuou por quatro anos como técnico do XV de Piracicaba sendo a última em 1986 assumindo um time praticamente rebaixado a seis partidas do final do campeonato precisou de apenas quatro para entregar o time são e salvo da degola mostrando que ainda mantinha a estrela de vencedor, infelizmente pouco tempo depois seria vencido pelo câncer um dos maiores jogadores da história, desse clube centenário. 

Inclusive o Professor Adolpho Queiroz lançou em 2015, o Livro “Gatão – do XV ao Corinthians, tributo à trajetória de um vencedor”.

Colunista:

Vitor Prates – Radialista e Jornalista. Proprietário da Rádio Piracicaba. Formado em Comunicação Social em Rádio e TV pela Unimep – Universidade Metodista de Piracicaba.

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