Civilização, educação e atitudes individuais: você pensa nisso?!

 

     Bom dia, caros leitores! Saúde e paz a todos!

     Imagino que não seja novidade a vocês que sou uma pacifista convicta. Realmente não acredito que armar a população resolva a situação de violência urbana que vivemos nos grandes centros e capitais como São Paulo, Rio de Janeiro entre outros. 

     Também acredito que nosso planeta é um ser vivo que reage às nossas ações, boas ou ruins. Os acontecimentos climáticos no litoral norte de São Paulo acontecidos no último sábado mostram que é urgente repensar como tratamos a Natureza.

     Mas o que mais me chama a atenção e que gostaria de convidá-los a refletir a respeito, é como entendemos civilização. Ao pensar no significado da palavra, parece-me até irônico que civilização, entre outras coisas, signifique a condição de adiantamento ou progresso de um povo, uma cultura, uma sociedade.

     Talvez você se pergunte que relação existe entre adiantamento e não se armar ou cuidar da Natureza. Ou, se preferir, o que a tragédia climática no litoral norte de SP e proibir o uso de armas de fogo pela população civil tem a ver com o nosso grau de civilização,

     Amigos leitores, esta pergunta deveria nortear muitas das nossas escolhas cotidianas! Deveria nos fazer pensar sobre que vida queremos enquanto sociedade pois cada um de nós forma a sociedade! Nós somos a sociedade!

     Já se sabe, por incontáveis estudos científicos, que melhorar a educação de crianças e jovens aumenta sua capacidade crítica e de construção de seu próprio futuro – um futuro promissor e realizador. Pergunto: uma arma na mão proporciona isto?

     Quando já se sabe, por estudos e observação de sociedades civis não armadas, que quanto maior o grau de educação de um povo, menor o índice de violência, de fome e muitas doenças físicas e psíquicas, pergunto: revólveres substituem educação?!

     Se já se sabe que povos instruídos, com bom grau de educação preocupam-se com a qualidade do que comem, da água que bebem, do quanto consomem e da quantidade de lixo que produzem e têm um maior cuidado com a Natureza, pergunto: a falta de diálogo, de políticas públicas, votar sem se pensar nas propostas que irão sanar as causas da violência e da fome, por exemplo, traz o progresso de um povo?

     Amigos leitores, tudo nesta vida é questão do que embasa nossas escolhas, senão estaremos sempre reagindo e não agindo, e pior, confundindo civilização com certos tipos de progresso e não com a qualidade de vida da população como um todo: qualidade da saúde física e mental que se relacionam também com a ambiental!

     Agir significa ter ações baseadas em reflexões e lógica; reagir significa agir da mesma forma daquilo que nos impactou, tipo “bateu, levou”, postura equivocada e baseada na força e não no raciocínio!

     A reflexão nos permite encontrar as causas das dificuldades, sejam climáticas, de violência, fome ou pandemias como a da Covid. Convido você a se perguntar: ajo para solucionar as causas das situações que me geram mal-estar ou reajo apenas?

     Na reação, simplesmente revidamos sem pensar em interromper a(s) causa(s) da ação que sofremos. Quem reage apenas resiste e esquece que pode ser instrumento de mudança do incômodo que sofre.

     Enquanto acharmos que não é nossa responsabilidade individual contribuir para mudanças, para nos orgulharmos da civilização da qual fazemos parte, continuaremos elegendo governantes pela paixão e não por suas propostas de evolução da sociedade a qual pertencemos.

     Sem reflexão, sem educação e autorresponsabilidade continuaremos assistindo e apenas reagindo a tantas tragédias como as que temos visto nos tempos atuais: fome, guerras, desastres climáticos, violência urbana, pandemias...

     Já pensou na sua parte nisto tudo?! Sejamos a mudança que queremos ver!

    

 

     Bia Mattos

     Psicóloga CRP 06/29269


 Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos

Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.

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