Desde quando??? Tempos de descaso...

 

     Bom dia, caros leitores! Saúde e paz a todos nós!

     As notícias não têm sido fáceis. Confesso que nunca senti tanta tristeza diante de certos fatos relatados pela mídia. Em função disso, pensei algumas coisas que venho compartilhar com você e, ao mesmo tempo, convidá-la, convidá-lo a refletir a respeito. Vamos a elas!

     Desde quando esquecemos que o direito ao bem viver é de todos os seres vivos: vegetais, animais, humanos?

     Desde quando ideologias são mais importantes que pessoas?

     Desde quando desrespeito é direito?

     Desde quando destruir virou justificativa para se realizar progresso?

     Desde quando discordância justifica violência?

     Desde quando nosso próximo se tornou profundamente distante?

     Desde quando ser o que se é tornou-se feio, estranho, inadequado ao invés de sinônimo de identidade, jeito único de ser?

     Desde quando o descaso passou a ser parte tão integrante de nossas vidas?

     Não tenho a ilusão de responder e nem a expectativa de que alguém saiba todas as respostas. Porém, há um fio que liga todas as perguntas acima e que muito me preocupa: nos esquecemos, em algum momento da nossa jornada evolutiva enquanto sociedade, que somos todos iguais. Que dependemos uns dos outros para evoluir, seja física, emocional, técnica ou coletivamente.

     Nossas diferenças deveriam somar e não nos dividir. É a diferença que cria pontes, soluções inovadoras e novas propostas de convívio e bem-viver. São nossas diferenças que nos caracterizam como humanos: somos seres diversos que, juntos, criamos o novo, aquilo que muitas vezes parecia impensável!

     A diferença estimula o crescimento, a entropia, a harmonia, o progresso. O igual estimula a estagnação, a mesmice, a separação, o descaso e a dificuldade com o diferente. Sem nos expormos ao novo, ao diferente, fossilizamos! Cristalizamos nossa forma de pensar, compreender, ser, agir.

     Se você tem percebido em si, atitudes de desatenção à dificuldade alheia, ao sofrimento do vizinho, do colega, do funcionário, de qualquer ser vivo – humano ou não, CUIDADO! Você pode estar se fossilizando, se desumanizando. E se isto acontece com você, acontece com o outro e se for assim, muito em breve seremos não mais um grupamento humano, mas um amontoado de humanos, cada um em sua “bolha”, indiferentes, robotizados e muito, mas muito solitários!

     Ainda dá tempo de mudarmos tal situação! Ou será que o descaso já dominou você?!

 

Bia Mattos

 Psicóloga CRP 06/29269


Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos

Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.

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