Depende de nós
Bom dia, caros leitores!
Que este ano que está bem no seu início
seja cheio de saúde e paz a todos nós!
E falando em saúde e paz, gostaria de
refletir um pouco a respeito de como cada um pode colaborar, positivamente, com
estes dois fatores fundamentais: saúde e paz.
A primeira coisa que me ocorre é o quanto
estamos abertos a nos questionar sobre nossas certezas, em especial aquelas
certezas que temos sobre os que não gostamos ou entendemos não serem boas
pessoas por pensarem de um jeito diferente do nosso.
O que isso tem a ver com saúde e paz?
Simplesmente tudo! Se alimentamos a certeza de que o que é diferente é
perigoso, inadequado ou muito pior do que aquilo que entendemos ser o certo,
jamais seremos justos: até quando vamos negar que não sabemos tudo?!
Além disso, posturas enrijecidas em
certezas absolutas aumentam imensamente a chance de discussões, julgamentos,
rompimentos, “jogando pela janela” um possível convívio pacífico. Fazer a paz
não significa todo mundo pensar igual. Não! Viver em paz requer respeito à
diferença. E respeitar não é concordar, é aceitar o direito do outro pensar do
jeito dele como temos o direito de pensar do nosso jeito. É legítimo tentar
convencer o outro sobre nossos argumentos, mas a Paz, o diálogo produtivo, de
trocas que geram outras ideias diferentes das partes que dialogam, só surge se
houver escuta: eu te vejo, eu te ouço, eu te respeito! Quando essas ações se
fazem, a “mágica” da paz acontece, porque PAZ só se faz com diálogo e respeito.
E a saúde, onde entra nisso tudo?
Somos uma nação ansiosa, as pesquisas
dizem que os brasileiros consomem muitos remédios para ansiedade. Ansiedade é
um sintoma psíquico que dependendo do grau em que se apresenta, pode ser
compreendido como um problema de saúde mental. E por que será que isto
acontece? Muitas das causas da ansiedade relacionam-se com nossas dificuldades
em lidar com o diferente – “eu esperava que fosse de outro jeito...”, “eu não
aceito isso...”, “eu não concordo e pronto!”. Outros ainda, se revoltarão com
as dificuldades que os acometem. Enfim, parece que no geral, queremos tudo
“para agora e sem demora”, do jeito que entendemos ser o correto e sem
discussão!
Mas me pergunto: o que na Vida, não
precisa de tempo para ser conquistado? Honestamente?! Não conheço nada, tudo
precisa de tempo, dedicação e espera para crescer, frutificar, amadurecer.
Então, amigo leitor, se você quer um ano
de paz e saúde, experimente fazer diferente, pensar diferente, ser diferente.
Como dizia Einstein, é insano “continuar
fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes." É por
querermos diferentes perspectivas, melhores resultados que o novo surge, que as
descobertas acontecem e a Vida evolui.
E aí?! Vamos fazer um ano diferente?!
Depende apenas de nós!
Paz e Bem a todos!
Bia Mattos
Psicóloga CRP 06/29269
Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos
Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.