O Túmulo da Princesa Isabel do Brasil "A Redentora" (1846-1921) no Mausoleu Imperial da Catedral de Petrópolis, Rio de Janeiro.

Ainda em 1920 o governo do Presidente Epitácio Pessoa suspendeu a Lei Banimento da Família Imperial Brasileira, porém a Princesa Isabel estava doente demais para viajar de volta ao Brasil. Dessa forma, Gastão de Orléans e Pedro de Alcântara voltaram para o Brasil no começo de 1921 para o translado dos restos mortais do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz no Rio de Janeiro. Dona Isabel acabou morrendo aos 75 anos de idade, de pneumonia, em 14 de novembro de 1921, sendo inicialmente enterrada na tumba da Casa d'Orleães em Dreux, França. Seu marido, Gastão, morreu no ano seguinte no Rio de Janeiro enquanto estava no Brasil para as celebrações do centenário da independência


Os restos do casal foram repatriados para o Brasil em 1953 e sepultados em 1971 na Catedral de São Pedro de Alcântara em Petrópolis ao lado de Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina.

Em 1921 no ano de sua morte, o empresário Assis Chateaubriand, visitou a Princesa Isabel na Normandia, na época com 75 anos de idade, doente e abatida pelas mortes de seus filhos Dom Antônio e Dom Luis Maria, fez a seguinte pergunta ao visitante ilustre: “E então doutor Assis, como estão os Negrinhos de Petrópolis?” Chateaubriand, que não fazia ideia do que a Princesa estava falando respondeu: “vão bem, alteza, os seus negrinhos vão muito bem”. Até o início da década, era comum que descendentes de escravos fizessem peregrinação até a Catedral de Petrópolis, para prestar Homenagem ao Túmulo da Princesa conhecida como a "Redentora"

Recentemente foi feito um pedido de abertura do processo de beatificação da princesa Isabel, oficialmente apresentado a Dom Orani João Tempesta, arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro. 


             Júnior Sá

Colunista e Historiador

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