Alegria é algo muito sério!
Bom dia, caros leitores! Que haja muita alegria em seu coração!
Gostaria de pensarmos hoje sobre uma das qualidades mais interessantes e
sérias do ser humano: a capacidade de sentir-se alegre! Isso mesmo, a alegria é
algo muito sério!
Muitos de nós sequer se dão conta de que a alegria é um estado natural
do ser humano. E por que afirmo isso? Porque até mesmo nosso sistema
imunológico, algo bem físico, quando estamos tristes, sem alegria, rebaixa-se,
fica menos eficiente.
A questão é tão séria que a Medicina Psicossomática nos lembra que,
quando há um quadro infeccioso ou de reprodução desordenada celular como nos
processos de câncer, é fundamental que o estado de ânimo do paciente seja o de
recuperar a alegria de viver. Quando esta alegria não é recuperada, as chances
de o sistema imunológico não ser capaz de debelar a infecção e de os tumores se
multiplicarem aumentam!
O corpo segue as diretrizes do nosso estado emocional. E isto é tão
importante que o conceito de saúde da OMS (Organização Mundial de Saúde) inclui
a necessidade do bem-estar físico, mental e social e não apenas não
haver doença para considerarmos alguém saudável.
Pacientes deprimidos tem mais chances de
adoecer fisicamente, inclusive de desenvolver doenças autoimunes. A explicação
para isto é a de que, por algum fator emocional, algo que não está bem
resolvido internamente na pessoa, acaba por levar o corpo a reagir de forma
similar ao estado emocional que o gerou: tristeza, raiva, mágoa... levam à
adoecimento, alegria, propósito, perdão... levam à saúde.
Outra reflexão bem óbvia aos profissionais
de saúde, mas nem sempre tão clara aos demais: não existe separação entre
sistema emocional e corpo físico. Tudo está conectado, integrado e cabe a cada
um de nós saber como anda a qualidade dessa integração: se positiva ou
negativa.
Nossa sociedade tem um certo fascínio pelo medo, pelo negativo, pelo
sofrimento. Basta observar a quantidade de filmes e séries de terror, dramas
policiais violentos e histórias tristes que povoam os canais de TV e os cinemas.
Somos uma cultura da banalização da felicidade. E isso não é brincadeira e nem uma
proposta de viver alienado. Não!
O que proponho aqui é uma revisão de como
olhamos para as coisas, de como temos escolhido viver: se cheios de dramas,
replicando aquele ditado tão comum que diz que não estamos na Vida a passeio, e
aí só focamos no difícil, ou se alimentamos em nós o bom e o belo, buscando
julgar menos e compreender mais, não confundindo alegria com falta de
seriedade.
Eu tinha uma tia que dizia: “muito riso,
pouco juízo...”! Imaginem o que é ouvir isso quando se tem 10 anos e tudo na
Vida é pura descoberta e alegria!?! Como não duvidar de si mesmo se a tia
querida diz isso e você é aquela que ri sem medo?! Difícil... Talvez não
percebamos, mas nosso olhar está sempre confundindo certos conceitos e a
consequência disso pode ser adoecermos.
Então, meu desejo hoje é que você busque
TODOS os seus motivos para rir e se alegrar e quando a tristeza bater à porta,
não a negue, mas apenas lembre-se: ela vai passar e em breve você poderá estar
sorrindo outra vez! Vale muito a pena, vale a sua qualidade de Vida, vale a sua
saúde!
Muita Paz, todo Bem e Alegria aos
borbotões pra você!
Bia Mattos
Psicóloga CRP 06/29269
Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos
Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.
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Sim! Alegria! Que sentimento abençoado! Sua opositora, a tristeza tem lá o sei lugar para nos mostrar algo que dói ou para lembrar a saudade que sentimos de alguém querido que partiu... Mas como é bom quando compreendemos o lugar da alegria para seguir acreditando que para tudo há uma saída. Até para a saudade de quem partiu é possível recuperar a alegria quando o tempo nos faz olhar para o inventário que a pessoa deixou em nosso coração e, em honra a essa pessoa fazermos de nossa vida um hino de gratidão.