Ação consciente

 

     Bom dia, caro leitor! Saúde e paz para nós!

     Venho refletindo muito sobre como temos vivido, nós enquanto sociedade e humanidade.

     Como sempre digo, não tem sido fácil viver numa sociedade que desconsidera a dor alheia, que transforma um direito humano – ajudar o outro – em discussão política e política das mais sórdidas, que acredita que guerrear é um direito, que se desconecta da Natureza como se dela não fizesse parte e por aí vai!

     Porém, a questão mais importante é: como resolver isso tudo?! Pois é, amigo leitor, não tem resposta fácil e nem uma única que dê jeito em tudo. No entanto, há algo que podemos, e precisamos compreender: começa conosco! Com nossa abertura para questionarmos nossas certezas, mas principalmente, começa com nossas ações, desde a escolha de como consumir – o que e quanto comprar, para que comprar, até em que político votaremos nas próximas eleições.

     Não caro leitor, este não é um texto partidário, jamais! Mas é um texto político no sentido figurado do termo, ou seja, este texto é político no sentido de refletirmos sobre como nos relacionamos com os outros (a sociedade da qual fazemos parte) na busca de atingir um determinado objetivo.

     Meu objetivo é refletir com você a respeito de como agirmos enquanto parte de um todo. Não dá mais para pensarmos que nossas ações não impactam o outro. Não dá mais para imaginarmos escolher nossos candidatos políticos apenas pela simpatia que sentimos ou pela religião que eles dizem professar!

     Quando escolhemos um profissional da área da saúde, vamos buscar alguém que tenha a especialização da área médica relativa ao problema que precisamos cuidar em nosso corpo, buscamos referências sobre a competência do profissional, mas não perguntamos se ele é bom cristão, muçulmano, judeu etc.! Nem se é simpático! Buscamos as qualificações que o habilitem a ser um bom médico, que possa nos curar do mal que nos acomete! Por que com a escolha do próximo vereador, prefeito, governador, presidente, deputado ou senador seria diferente?!

     Para políticos, deveríamos querer saber se eles são idôneos e competentes em gestão pública! Pois este será o cargo que qualquer um deles irá exercer de uma forma ou outra! E o que isto tem a ver com uma coluna de Psicologia no dia a dia?! Tudo, caro leitor, tudo! Explico.

     Se queremos melhorar o mundo, já que o que está aí anda difícil de viver, comecemos por melhorar os critérios de nossas escolhas: vamos consumir menos, vamos separar o lixo para poluir menos, vamos priorizar viver em paz, vamos escolher candidatos políticos preocupados com o ar que respiramos, com a qualidade da água que bebemos, com a promoção da Saúde de todos, com a Educação de nossos filhos e netos! Sem isso, caros leitores, escolheremos pessoas que só pensam nelas e não no coletivo, pessoas sem qualificação técnica e moral. E o impacto dessas escolhas acontece diretamente em nossas vidas!

     Você pode se perguntar: mas é só um voto! E eu lhe respondo: se todos pensarem assim, nada muda e, de voto em voto, continuaremos perpetuando ideias ultrapassadas, egoístas, destrutivas e sem nenhuma consideração com a Vida humana. Com a sua Vida, com a nossa Vida! Não dá mais para pensarmos que isto não é um problema nosso.

     Que nossas ações sejam mais conscientes de suas consequências. Isto muda tudo. Isto pode mudar o mundo.

 Bia Mattos

Psicóloga CRP 06/29269


 


Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos

Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.

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