Ocorreu na semana
passada, o relançamento do livro sobre os “100 anos da Paulista: uma história
de amor”, de Antonio Aleoni, na escola estadual “Prof. Antonio de Mello
Cotrim”, na Pauliceia. A convite da profa. Andrea Tano Gianoni, que ministra
uma disciplina eletiva sobre “arte por toda a parte”, tendo como objetivo
mostrar que a arte está por toda parte, para servir também como projeto de vida
aos estudantes. O autor, que é quadrinista e funcionário da Biblioteca
Municipal, expôs o roteiro do seu livro, lançado no final de 2022, quando
ocorreu o centenário da construção da Estação da Paulista, em Piracicaba.
O livro foi editado numa
parceria das secretarias de educação e cultura da cidade e na ocasião foram
impressos 40 mil exemplares. O autor desenvolveu o roteiro para uma história em
quadrinhos, impressa propositalmente em preto e branco, para que os exemplares
fossem distribuídos preferencialmente aos alunos da rede municipal. E agora,
começa a ser distribuído e relançado também em escolas estaduais.
O livro é uma história
que mistura ficção e realidade. No campo ficcional, Aleoni fala de um amor
impossível entre jovens piracicabanos, cujo desfecho seria o casamento da noiva
na Itália, com uma pessoa que não amava, mas por imposição dos pais, que não
aceitavam o seu amor piracicabano. Às vésperas do casamento, ele vai, de trem
até São Paulo, pega um avião e chega até a porta da igreja no dia do casamento.
O final da história? Só mesmo lendo o livro.
Mas, tem como pano de
fundo a construção da primeira estação ferroviária da cidade, inaugurada no dia
29 de julho de 1922, ano do centenário a Independência do Brasil, quando o
primeiro comboio chegou a nossa cidade, por volta das 19 horas, tendo sido
recebido com pompas e circunstâncias, fogos e muita alegria naquela data. Desde
então, a Estação a Paulista transformou-se num ponto de apoio importante para o
transporte de passageiros e cargas entre Piracicaba e São Paulo. O livro narra
outro momento histórico e marcante para a nossa cidade, com o embarque do
Batalhão de Piracicaba rumo a Revolução Constitucionalista de 1932. Hoje, a
Paulista transformou-se num grande parque e local de realização de eventos
culturais.
Participou do evento
também o prof. Adolpho Queiroz, que idealizou o projeto ao lado de Aleoni, que
falou um pouco sobre as origens do livro e sua função didática, ao estimular os
estudantes para que, usando lápis de cor, ilustrassem o livro, enquanto conheciam
e acompanhavam a história da Estação centenária.
Segundo a profa. Andrea
Tano Gianoni “a disciplina eletiva sobre linguagens visa dar às nossas
estudantes facetas do contexto histórico e cultural do nosso país e da nossa
cidade e, com esta atividade que realizamos nesta ocasião, cumpre três finalidades:
recontar a história de um dos marcos culturais da cidade, estimular o seu
conhecimento através da leitura e da pintura do livro e, mais do que isso,
conhecer um autor de livro em nossa cidade. Estou muito feliz com o resultado
alcançado, pois os alunos também aprenderam técnicas de quadrinismo e
desenharam e pintaram com o autor E grata ao meu ex-professor a Unimep, prof.
Adolpho e ao Antonio Aleone, autor do livro, por suas presenças entre nós”
Ao final do evento, em meio a perguntas, também os alunos escreveram cartas de agradecimento aos convidados, enquanto outros ali mesmo iniciavam a pintura das 31 páginas do livro, cujos exemplares foram levados para casa posteriormente. E alguns exemplares foram deixados para outras consultas na biblioteca da escola.
Adolpho Queiroz, Andrea
Tano e Antonio Aleoni.