A cidade de Piracicaba foi classificada como a 16ª melhor cidade de todo o Brasil em qualidade de vida, pelo Índice de Progresso Social (IPS). Considerando somente o estado de São Paulo, Piracicaba ficou em 11º e é ainda a quarta melhor entre as cidades com mais de 400 mil habitantes, ficando atrás apenas das capitais Brasília (DF) e Goiânia (GO) e da cidade de Maringá (PR). Para o estudo, o IPS considerou todos os 5.570 municípios do país, avaliando variáveis agregadas em índice geral com nota de 0 a 100.
Para elaboração do estudo, foram considerados 53 indicadores, dentro de três dimensões (necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades) e 12 componentes (nutrição e cuidados médicos básicos, água e saneamento, moradia, segurança pessoal, acesso ao conhecimento básico, acesso à informação e comunicação, saúde e bem-estar, qualidade do meio ambiente, direitos individuais, liberdades individuais e de escolha, inclusão social e acesso à educação superior).
Piracicaba alcançou nota geral de 69,95, tendo destaque nos componentes acesso ao conhecimento básico, acesso à informação e comunicação, direitos individuais, liberdades individuais e de escolha e acesso à educação superior, que foram classificados como relativamente fortes. A cidade de Gavião Peixoto, também do estado de São Paulo, ficou em primeiro lugar, com nota geral de 74,49.
A escolha dos indicadores buscou atender os princípios do IPS e as perguntas norteadoras dos componentes. Os critérios básicos foram: ser social ou ambiental; medir resultado; ter uma fonte confiável e pública (dados secundários); ser um dado recente (no máximo 5 anos); e ter disponibilidade para todos ou quase todos os territórios (>95% - 100%).
De acordo com o IPS, a metodologia avaliou a qualidade de vida da população no Brasil de forma multidimensional. “Além de avaliar se as pessoas têm o necessário para prosperar, indo além das métricas tradicionais e paradigmas econômicos, ela permite comparar municípios, estados e regiões”, diz o estudo, destacando ainda que o IPS “é composto por dados socioambientais e de resultado, ou seja, não mede a quantidade de infraestrutura ou recurso investido em um município, o IPS mede se essa infraestrutura ou esse recurso estão trazendo resultados para as pessoas. Além disso, o IPS usa dados públicos, recentes, e que sejam disponíveis para todos os municípios Brasil. O IPS responde a 12 perguntas orientadoras”.
O Índice de Progresso Social Brasil é uma colaboração entre o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Fundação Avina, Centro de Empreendedorismo da Amazônia, iniciativa Amazônia 2030, Anattá - Pesquisa e Desenvolvimento, e o Social Progress Imperative.
A iniciativa é global e acontece desde 2013, por meio do Social Progress Imperative, em colaboração entre a Fundación Avina, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Harvard Business School, que elaboram o IPS Global, que analisa o desempenho dos países em termos de progresso social.
Neste ano, de acordo com o IPS Global, o Brasil ocupou a 67ª posição no ranking entre 170 países.
RANKING – No ranking, as 20 melhores cidades são: Gavião Peixoto (SP), Brasília (DF), São Carlos (SP), Goiânia (GO), Nuporanga (SP), Indaiatuba (SP), Gabriel Monteiro (SP), Águas de São Pedro (SP), Jaguariúna (SP), Araraquara (SP), Presidente Lucena (RS), Luzerna (SC), Pompéia (SP), São Caetano do Sul (SP), Maringá (PR), Piracicaba (SP), Nova Lima (MG), Campinas (SP) e Caxambu (MG).
O estudo completo pode ser conferido em: https://ipsbrasil.org.br/.