Medo e sintonia!
Bom dia, caro
leitor! Que você esteja plenamente bem!
Hoje, gostaria
de refletir com você sobre o medo. Ele está presente em todas as criaturas do
reino animal. No ser humano, o medo tem a ver com um sentimento de receio tanto em relação a
uma pessoa, a uma situação ou até a um objeto. Além disso, o que amedronta uma
pessoa pode nem ser considerado por outra.
O medo
tem uma função evolutiva muito importante: nos proteger daquilo que pode, de
alguma forma, nos colocar em perigo. Imagine você atravessar uma avenida híper
movimentada sem tomar o cuidado de ver se há carros trafegando naquele momento.
O risco que se corre, se não se tem algum grau de medo, é o de perder a própria
vida num atropelamento por desconsiderar o perigo inerente à situação.
Portanto, nem todo medo é nocivo, muito pelo contrário, é ele quem nos torna
prudentes.
Porém,
não é sobre este tipo de medo que gostaria de refletir, mas sobre aquele medo
que nos paralisa mesmo quando nos dizem ou nós mesmos sabemos, racionalmente,
que aquilo não é tão perigoso assim.
Em
tempos de tantas mudanças, de relações agressivas à mais simples discordância,
de insegurança social, de guerras e feminicídios, de competitividade em todos
os setores, de total desconsideração com nossa casa - a Mãe Terra, não admira o
número crescente de pessoas que apresentam síndrome do pânico e ansiedade
generalizada. Sentimo-nos ameaçados, desconsiderados e isto gera medo.
A
grande questão é: como mudar um tal estado de coisas?
A
sugestão é a de olhar para si mesmo, para o que pode estar gerando ansiedade e
medo, muito medo. Estou falando, mais uma vez, da busca por autoconhecimento. O
que em mim, neste momento, nesta situação, dispara o medo? Durante a crise, nem
sempre conseguiremos ter esta clareza, mas depois é fundamental se fazer este
tipo de questionamento ou autoquestionamento.
O que
se observa como causa do medo, em muitos casos, além das questões pessoais como
traumas, perdas e outras situações que causam desconforto emocional, a
desconexão consigo mesmo, com os próprios potenciais e desejos é a maior causa
das inseguranças e medos das pessoas. A desconexão consigo pode nos levar a
fazer escolhas totalmente incoerentes com aquilo que realmente faz sentido,
profundamente, para cada um de nós.
O medo,
quando confundido com comportamento de segurança, restringe, dificulta, impede
que exploremos novas possibilidades e isto nos coloca num risco de
empobrecimento da forma como vemos a Vida, pode nos impedir de usufruir do
potencial de prazer que a Vida oferece.
E o
pior disso tudo é que, alimentar o medo como se ele sempre fosse sinônimo de
segurança, nos faz olhar para tudo o que pode dar errado, tudo o que pode gerar
desconforto. Consequentemente, nos coloca em sintonia muito mais com situações
negativas do que com os aspectos e possibilidades positivas delas.
Por
isso, meu convite hoje é o de que você se permita se perguntar como você olha
para si mesmo e para a Vida: de forma insegura, amedrontada, negativa ou de
forma confiante, lembrando dos próprios potenciais e positivamente?! Isto tudo
determinará a sintonia que você estabelecerá com a Vida e permitirá que você
usufrua ou não das imensas possibilidades que a Vida nos oferece todo santo
dia!
Paz,
Confiança e muito Bem ao seu coração!
Bia Mattos
Psicóloga CRP 06/29269
Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos
Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.