Texto
e foto: Leonardo Moniz/Selam
Depois de
um ano e meio paralisado devido à pandemia da Covid-19, o vôlei adaptado está
de volta ao Ginásio Municipal Felício Maluf, na Vila Rezende. As aulas,
realizadas pelo Programa de Atividades Motoras (PAM) da Secretaria de Esportes,
Lazer e Atividades Motoras (Selam), são gratuitas e acontecem às terças e
quintas-feiras, em três horários: às 14h para as mulheres, às 15h para os
homens e às 16h15 para os iniciantes, em turmas mistas. Podem participar as
pessoas com idade a partir dos 50 anos. Para se inscrever, basta ir ao ginásio
nos dias e horários indicados.
As
atividades têm duração de uma hora e começam com um breve aquecimento, seguido
pelo treinamento de fundamentos e situações de jogo. "Nós ainda não
estamos focando tanto no coletivo, pois a atividade física da maioria dos
alunos foi reduzida por conta da pandemia e a retomada precisa ser gradual. As
dinâmicas de jogo, como situações de recepção, ataque ou o próprio saque, são
realizadas de forma mais leve", contou Renata Ganciar dos Santos,
professora da modalidade desde 2009.
A volta às
aulas presenciais também é marcada pelos cuidados sanitários. As atividades
seguem o protocolo elaborado pela Selam para prevenção ao contágio da Covid-19.
Entre as medidas adotadas, estão o uso obrigatório de máscaras, ventilação do
espaço de prática, proibição da presença de pessoas que apresentarem sintomas
gripais, higienização das mãos e utilização de álcool em gel 70%.
"Nós
queremos manter o ambiente o mais seguro possível, com o uso obrigatório de
máscara durante toda a atividade. Procuramos manter o distanciamento e
disponibilizamos álcool em gel 70%. Somos bem rígidos em relação aos
protocolos, pois ainda estamos na pandemia", afirmou Renata, que também
destacou o papel social do esporte. "O vôlei adaptado realmente propicia muitos
momentos prazerosos e essa parte social é muito importante, cria um vínculo que
faz muito bem", completou.
EMOÇÃO
- O anúncio da retomada das atividades
presenciais foi recebida com alegria pelos praticantes. A aposentada Maria de
Lurdes Grin, 64, joga vôlei adaptado há oito anos. Para ela, voltar às quadras
foi sinônimo de emoção. "Foi muito bom. O vôlei é minha vida, peguei o
gosto desde quando comecei. Fazer esporte é muito gostoso. Além disso, poder
reencontrar as amigas também foi uma grande alegria, muitos ficaram totalmente
isolados. Não tenho muitas palavras para dizer quanto é importante voltar a
treinar. Ficar 'paradona' em casa assistindo televisão não é vida!",
falou.
Na
modalidade há 11 anos, a dona de casa Jacira Vitti, 61, definiu o retorno como
'a melhor coisa que aconteceu'. A praticante apontou os ganhos físicos e
mentais como principais benefícios trazidos pelo esporte. "É bom para o
corpo e para a cabeça. Não aguentava mais esperar. Ver de novo as amigas foi
uma emoção muito grande, a melhor coisa da minha vida. Nesse período em casa,
recebemos aulas online e eu fazia quase todos os dias, isso ajudou bastante,
nos sentimos valorizados pela professora Renata. Esse trato humano tem muito
valor, somos tratados bem, independente de jogar bem ou não. O que importa é
mexer o corpo", disse.