As Olimpíadas de Tóquio mostraram ao mundo o enorme potencial dos atletas brasileiros nas mais diversas modalidades e escancarou uma outra realidade: a falta de investimentos e de uma política de incentivo à prática esportiva.

A grande maioria dos medalhistas teve origem em projetos sociais, como a ginasta Rebeca Andrade, demonstrando a necessidade de termos um Plano Nacional de Desporto, consistente e duradouro, para descobrir novos atletas nas mais diversas modalidades e dar a eles a estrutura necessária para poderem desenvolver plenamente suas potencialidades.

Mesmo sem nenhuma política de esportes de alto rendimento, o Brasil conquistou sua melhor colocação em Olimpíadas e mobilizou o país durante a competição, demonstrando a urgente necessidade de termos um projeto amplo de investimentos para podermos sonhar ainda mais alto nas futuras competições. 

Dentro de mais alguns dias terão início os Jogos Paralimpicos também em Tóquio e, infelizmente, mais uma vez ficarão evidentes, duas grandes verdades: a falta de apoio oficial e a pouco expressiva divulgação. 

Nas Olimpíadas, o Grupo Globo, detentor dos direitos de transmissão, montou um gigantesco esquema com 200 horas de exibição em todas as suas plataformas. Agora, com a aproximação das Paralimpiadas, a diferença já fica evidente nas chamadas e, com toda certeza, o mesmo acontecerá durante os Jogos. 

Infelizmente, o que poderia ser uma grande oportunidade de inclusão das pessoas com deficiência, será um lamentável exemplo de discriminação. 

Coluna: Carlos Eduardo Gaiad - Jornalista

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