A Prefeitura de Piracicaba
recusou a entrega das obras realizadas pela Spalla Engenharia Eireli, empresa
responsável pela reforma do Complexo Aquático Dr. Samuel de Castro Neves, que
abriga as piscinas municipais. A decisão, oficializada hoje, terça-feira,
10/08, foi tomada de forma conjunta entre Secretaria de Esportes, Lazer e
Atividades Motoras (Selam) e a Secretaria Municipal de Obras (Semob), após
vistoria técnica realizada no dia 2/08. A Prefeitura vai abrir processo
administrativo para solucionar o caso.
A reforma começou em julho do ano passado e custou R$
1.292.633,48. O contrato terminou no dia 17/07, mas o relatório elaborado pela
Prefeitura apontou problemas estruturais e a necessidade de ajustes, como o
alinhamento da cerâmica do solarium e da piscina. A empresa, então, teve prazo
estendido até o dia 2/08 para corrigir as falhas, mas os problemas persistiram
na nova avaliação.
Inaugurado em 1976, o Complexo Aquático foi fechado em julho de
2018, quando apresentava vazamentos equivalentes a 125 metros cúbicos por dia.
A reforma proposta contempla a divisão da piscina olímpica em duas: uma
semiolímpica (25×25 metros), que poderá receber competições oficiais, além de
atividades de iniciação e treinamentos, e outra medindo 12,5×25 metros, que será
utilizada especialmente para aulas de hidroginástica. A reconstrução inclui
ainda novos equipamentos, como bombas e tubulações, reduzindo o custo de
manutenção.
"Acompanhamos o andamento das obras do Complexo Aquático e exigimos atitudes da empresa responsável. É determinante que o que foi acordado deveria ser cumprido e não vamos aceitar obra mal feita. Deixamos claro que estamos em desacordo com o que foi apresentado. Uma empresa que se compromete a executar um serviço para uma comunidade deve se comprometer a contemplar com excelência o valor investido, cuja fonte é o imposto pago pelos cidadãos", afirmou o secretário de Esportes, Hermes Balbino.
Por Leonardo Moniz/SELAM