O mundo do esporte foi surpreendido com a notícia de que a ginasta norte-americana Simone Biles não disputaria a final individual, na qual tinha amplo favoritismo, por estar preocupada com sua saúde mental, mesmo motivo alegado para não disputar a prova por equipes, fazendo, com isso, que os Estados Unidos perdessem a hegemonia da modalidade. 

A decisão dela foi aceita e aplaudida por suas colegas e comissão técnica. 

Esse fato nos leva a uma profunda reflexão sobre os atletas de ponta, praticamente obrigados a conquistar o melhor resultado e a capacidade deles em conviverem com essa pressão absurda, expressada nas palavras de Simone Biles: "Estava com o mundo nas costas ".

Na natação masculina outro fato chamou a atenção: o vencedor, um atleta húngaro, conquistou a medalha de ouro, mas não comemorou, assim como seus técnicos, porque não quebrou o recorde olímpico, que pasmem, era seu.

Essa busca pela perfeição a qualquer custo nos obriga a uma profunda reflexão: estariam esses atletas esquecendo-se dos seus limites de humanos e se colocando acima dos mortais?

Colunista: Carlos Eduardo Gaiad - Jornalista

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