Para entrar de vez na história. Rayssa Leal a “fadinha”,
ficou com a medalha de prata na final do Street feminino nos Jogos Olímpicos. Aos
13 anos é a atleta mais jovem da história do Brasil a subir num pódio em Jogos
Olímpicos. O ouro ficou com a japonesa Momiji Nishiya, também com 13 anos,
cinco meses mais velha que a brasileira. A skatista somou 15,26 na final, à
frente de Rayssa que fez 14,64. Com o bronze ficou com outra japonesa, Funa
Nakayama, com 14,49.
Rayssa começou a final com uma bela primeira volta:
emplacou crooked, backside smith, boardslide backside, frontside feeble, e só
errou na última manobra, a mais difícil da sua série. Recebeu um 2,94, a
terceira maior nota de início, atrás da holandesa Roos Zwetsloot e da japonesa
Momiji Nishiya.
A bicampeã mundial Aori Nishimura postou um 3,46, e
Zwetsloot a seguiu com uma volta perfeita de 3,80. Rayssa começou bem também,
com alguns boardslides, rockslides e flips. Porém, dois erros diminuíram sua
nota para 3,13. Ainda assim, foi o suficiente para impulsioná-la à segunda
posição, graças a uma volta inferior de Nishiya.
Na parte das manobras, a americana Alexis Sablone abriu
com um flip 50 e recebeu um 4,03, maior nota da final até ali. Zwetsloot
respondeu com um feeble grind, que lhe deu um 4,12. Rayssa errou seu primeiro
truque, mas permaneceu no pódio àquela altura.
As principais concorrentes de Rayssa erraram na quarta
manobra. Não a Fadinha: um slide no backside perfeito valeu 3,39 e jogou sua
nota geral para 14,64. Mas aí, veio a japonesa Momiji Nishiya, que fez uma
manobra ainda mais difícil e, com 4,66, somou 14,74 e tomou a liderança. Funa
Nakayama acertou um frontside crooked de 4,20 e pegou a terceira posição, com
14,49.
A decisão ficou para a última manobra. Com os erros de Nishimura, Sablone e Zwetsloot, o pódio de Rayssa ficou garantido. Ela precisava de 3,24 para tomar a liderança, mas caiu na saída do slide. No fim, com um novo erro de Nishimura, a brasileira fez a festa ao garantir a prata.
Foto André Durão