Colunas
23/07/2021 16H01
Recentemente mais um caso de racismo, preconceito e injúria racial foi registrado do futebol brasileiro e pasmem, tendo como autores um narrador e um comentarista e como vítima o jogador Celsinho, do Londrina, no jogo contra o Goiás, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
O inaceitável, inconcebível e vergonhoso fato aconteceu durante a transmissão do jogo por uma emissora de rádio pertencente à Rede Bandeirantes e motivado pelo cabelo black power do atleta.
Posteriormente, devido à grande repercussão do fato os dois radialistas usaram suas redes sociais para despudoradamente, pedir desculpas pela atitude que tiveram.
Entendo que o caso reveste -se de uma enorme importância porque tem como autores duas pessoas que, em função da sua atividade profissional, deveriam fazer exatamente o contrário, ou seja, desestimular e combater esses atos repugnantes no esporte e em todo lugar.
Foram afastados de suas funções pela direção da emissora, mas será que só isso basta? Qual a punição ideal num caso dessa natureza? Até quando seremos obrigados a nos revoltar pela repetição dessas atitudes?
São perguntas que vão ficar sem resposta porque estamos diante de uma questão fortemente enraizada e estruturada em todos os setores da sociedade e que, infelizmente, não tem solução a médio e longo prazo.
Colunista: Carlos Eduardo Gaiad - Jornalista