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Coluna: Psicologia no Dia a Dia

Publicada em: 18/03/2025 04:46 - Colunas

Identificações.

 

     Bom dia! Que este texto lhe encontre bem e em paz!

     Esta semana estive pensando sobre como nos deixamos levar por ideias, pensamentos e sentimentos sobre os quais mal refletimos. Não é incomum agirmos como se o que entendemos de uma determinada situação fosse a verdade absoluta e real sobre os fatos.

      Muitas vezes, tiramos conclusões sobre algo e agimos de um determinado jeito porque jurávamos que sabíamos o que tinha acontecido! Só que um tempo depois, quando enxergamos mais aspectos referentes aos fatos e vemos de forma mais ampla o que aconteceu, entendemos que não era bem como nossos pensamentos “lógicos e óbvios” tinham nos feito acreditar...

     Agirmos como se o que pensamos e sentimos fosse verdade absoluta, como se os fatos não admitissem nenhuma outra explicação, significa agirmos identificados com nossos pensamentos e sentimentos. Isso pode ser bem danoso quando sequer damos o benefício da dúvida sobre o que nos toma. Porque parece isso mesmo, como se algo nos tomasse o raciocínio e só conseguíssemos ver, entender daquele jeito!

     Estarmos identificados com ideias, crenças, emoções e sentimentos é natural.  O problema está em não admitirmos qualquer possibilidade de estarmos errados, nem qualquer questionamento, mesmo que seja para confirmar o que “vemos”.

      “Somos dominados por tudo aquilo que nos identificamos e podemos controlar tudo aquilo de que nos desidentificamos.” Isto é muito sério, pois quando estamos muito identificados com determinadas ideias, não conseguimos ampliar nossa visão: “é assim e acabou!” Só que este é o principal ingrediente das separações, dos abusos, do totalitarismo, das fake news que são veiculadas por mentes mal-intencionadas e com o objetivo de nos impedir de raciocinar e dialogar com o diferente.

     E o que isso gera? Discórdia, guerras, preconceitos, violências de todo tipo! Porque nos leva a crer que estamos certos e o outro errado sempre!

     Enquanto não percebermos qual é o motivo de nossas ações, os motivos internos – forma de pensar e sentir a realidade – vamos continuar gerando discórdia, destruição, guerras porque agimos identificados e não nos questionamos...

     Que possamos nos questionar mais, olhar para o que nos move, e compreender que o que hoje parece muito óbvio e lógico, ao longo do tempo pode se mostrar bastante danoso!

     Bem-aventurados os que se propõem a ver além do óbvio!

     Paz e Bem!

   

    Bia Mattos

Psicóloga CRP 06/29269



Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos

Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.

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