Identificações.
Bom dia! Que este texto lhe encontre bem e
em paz!
Esta semana estive pensando sobre como nos
deixamos levar por ideias, pensamentos e sentimentos sobre os quais mal
refletimos. Não é incomum agirmos como se o que entendemos de uma determinada
situação fosse a verdade absoluta e real sobre os fatos.
Muitas vezes, tiramos conclusões sobre
algo e agimos de um determinado jeito porque jurávamos que sabíamos o que tinha
acontecido! Só que um tempo depois, quando enxergamos mais aspectos referentes
aos fatos e vemos de forma mais ampla o que aconteceu, entendemos que não era
bem como nossos pensamentos “lógicos e óbvios” tinham nos feito acreditar...
Agirmos como se o que pensamos e sentimos
fosse verdade absoluta, como se os fatos não admitissem nenhuma outra
explicação, significa agirmos identificados com nossos pensamentos e
sentimentos. Isso pode ser bem danoso quando sequer damos o benefício da dúvida
sobre o que nos toma. Porque parece isso mesmo, como se algo nos tomasse o
raciocínio e só conseguíssemos ver, entender daquele jeito!
Estarmos identificados com ideias,
crenças, emoções e sentimentos é natural. O problema está em não admitirmos qualquer
possibilidade de estarmos errados, nem qualquer questionamento, mesmo que seja
para confirmar o que “vemos”.
“Somos
dominados por tudo aquilo que nos identificamos e podemos controlar tudo aquilo
de que nos desidentificamos.” Isto é muito sério, pois quando estamos muito
identificados com determinadas ideias, não conseguimos ampliar nossa visão: “é
assim e acabou!” Só que este é o principal ingrediente das separações, dos
abusos, do totalitarismo, das fake news que são veiculadas por mentes
mal-intencionadas e com o objetivo de nos impedir de raciocinar e dialogar com
o diferente.
E o que isso gera? Discórdia, guerras,
preconceitos, violências de todo tipo! Porque nos leva a crer que estamos
certos e o outro errado sempre!
Enquanto não percebermos qual é o motivo
de nossas ações, os motivos internos – forma de pensar e sentir a realidade –
vamos continuar gerando discórdia, destruição, guerras porque agimos
identificados e não nos questionamos...
Que possamos nos questionar mais, olhar
para o que nos move, e compreender que o que hoje parece muito óbvio e lógico, ao
longo do tempo pode se mostrar bastante danoso!
Bem-aventurados os que se propõem a ver
além do óbvio!
Paz e Bem!
Bia Mattos
Psicóloga CRP 06/29269
Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos
Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.