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30 anos sem o maior artilheiro da história do XV de Piracicaba

Publicada em: 02/03/2025 08:31 - XV de Piracicaba

Informações do Livro Destemido e Valente – 1913 a 2023 de Vitor Prates


Neste dia 2 de março de 2025, completa 30 anos da morte do maior artilheiro da história do EC XV de Novembro de Piracicaba, Vicente Naval Filho, mais conhecido como Gatão.

 

Fez a sua estreia nos campos de Piracicaba em 14 de maio de 1944, defendendo as cores da S. R. Palmeiras contra o Paulista F. C. pelo campeonato da cidade. Aos 16 anos, Gatão disputou seu primeiro campeonato e adivinhem? Fez “apenas” 3 gols. Isso foi o suficiente para despertar a atenção dos dirigentes do E. C. XV de Novembro de Piracicaba.

 

No dia 30 de dezembro de 1945, começou a mudar a história do simples garoto. Gatão, como ficou conhecido, assinava seu contrato com o XV de Piracicaba, clube pelo qual se transformaria no maior goleador de sua história.

 

Gatão já havia feito alguns amistosos com a camisa quinzista em 1945 e marcou seu primeiro gol num desses amistosos, mais precisamente em 19 de agosto de 1945 contra o Comercial, de Araras, num empate em 2 x 2.

 

Porém, a sua estreia como jogador definitivo do alvinegro foi contra o Libertad, do Paraguai, em 18 de janeiro de 1946. O time paraguaio venceu essa partida por 3 x 2. Com a camisa do XV, Gatão foi campeão da cidade e campeão da 15°região em 1946. Esse título deu o direito de a equipe disputar o Campeonato Paulista do Interior.

 

O XV foi bicampeão do Interior em 1947 e 1948 (esse como primeiro campeão da lei do acesso) e campeão do torneio início de 1949 da FPF. No ano de 1950, Gatão foi convocado para a seleção paulista no qual jogaria contra a carioca na  inauguração do Estádio do Maracanã, construído em razão da Copa do Mundo.

 

Gatão foi muito bem nos treinos, inclusive marcando gols. Porém, do time que começou treinando como titular nos preparativos: Osvaldo, Homero, Dema (que jogaria mais tarde no XV), Djalma Santos, Brandãozinho I, Alfredo, Renato, Rubens, Augusto, Gatão e Brandãozinho II, apenas ele não jogou na inauguração. Talvez, por ser junto com Dorival, do Guarani, os únicos dos 22 convocados que pertenciam a clubes do interior. Gatão foi substituído por Ponce de Leon, do São Paulo F.C.

 

Gatão começou a chamar a atenção de grandes times, o São Paulo no qual tentou levá-lo ao menos duas vezes, mas não houve acordo com a diretoria alvinegra.

 

No dia 29 de fevereiro de 1952, o XV de Piracicaba acabou cedendo e liberando seu artilheiro ao S. C. Corinthians Paulista, clube que defenderia por 3 anos tornando-se Campeão Paulista em 1952 e 1954, do IV Centenário e do Torneio Rio--São Paulo, 1953 e 1954. Pelo Timão, Gatão disputou 73 jogos e marcou 18 gols.

 

Em 1955, voltou ao time piracicabano, no qual jogaria até encerrar a carreira em 7 de janeiro de 1961. Em 13 anos como jogador (1946/52 e 1955/60), disputou mais de 400 partidas e marcou 202 gols pelo XV de Piracicaba.

 

Depois de “pendurar as chuteiras”, Gatão ainda atuou por quatro anos como técnico do XV de Piracicaba, sendo a última em 1.986 assumindo um time praticamente rebaixado a seis partidas do final do campeonato.

 

Ele precisou de apenas quatro para entregar o time são e salvo da degola, mostrando que ainda mantinha a estrela de vencedor. Infelizmente pouco tempo depois seria vencido pelo câncer um dos maiores jogadores da história, desse clube centenário. Ele morreu em 02 de março de 1995, aos 66 anos.

 

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