35ª Edição – 06/12/2025
Mente&Foco
TÍTULO: Sua família não vem com filtro de Instagram e você não precisa fingir que está tudo bem. Quando o Natal é gatilho emocional, não abraço caloroso: o direito de estabelecer limites nas festas.
Dezembro chega e, com ele, a promessa de reuniões familiares calorosas, abraços apertados e harmonia total. Mas e quando a realidade é bem diferente do comercial de Natal?
Para muitas pessoas, as festas de fim de ano não são sinônimo de alegria são gatilhos emocionais intensos. Conflitos antigos ressurgem, comparações familiares aumentam, e a pressão por estar “feliz porque é Natal” pode gerar enorme sofrimento.
Pesquisas em psicologia mostram que o estresse familiar aumenta até 38% durante as festas de fim de ano. Expectativas não correspondidas, dinâmicas disfuncionais e a obrigação social de “estar bem” criam o cenário perfeito para ansiedade e crises emocionais.
A TCC trabalha muito com validação emocional e estabelecimento de limites saudáveis. Não, você não é obrigado a participar de todos os eventos. Não, você não precisa abraçar quem te machucou só porque “é Natal”. E não, fingir que está tudo bem não é o mesmo que estar bem.
Estabelecer limites é um ato de amor próprio, não de egoísmo. É dizer: “Eu me respeito o suficiente para não me colocar em situações que me adoecem”. É escolher a saúde mental acima da expectativa alheia.
Se sua família é um lugar seguro, celebre com gratidão. Mas se não é, saiba que você tem permissão para se proteger. Pode ser reduzindo o tempo de permanência, levando alguém de apoio ou simplesmente recusando o convite sem culpa.
O verdadeiro espírito natalino não está em mesas fartas ou sorrisos forçados, está em respeitar seus próprios limites e honrar suas necessidades emocionais.
Você merece um dezembro em paz, não em pedaços.
Giovana Mendes
Psicóloga | CRP 06/213988
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental e Transtornos Alimentares
Rua Dr. Alvim, 825 – São Dimas
Base – Espaço de bem-estar e saúde
