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Coluna: Psicologia no Dia a Dia

Publicada em: 29/07/2025 07:37 - Colunas

Esperança 2: como esperançar!

     Bom dia, caro leitor! Saúde e Paz para nós!

     Na outra semana, escrevi sobre esperança e como este é um tema que tem me interessado muito, gostaria de refletir um pouco mais a respeito.

     Como eu disse anteriormente, esperança requer ação. Se só espero que as coisas mudem, literalmente nada mudará! A grande questão que se coloca e que venho trazer aqui é: como ser esta mudança num mundo, aparentemente, tão caótico?! Tão agressivo que acabamos por ter medo até de ajudar?

     A primeira coisa, parece-me, é compreendermos, de forma muito ampla, que a violência se dá como uma reação a uma agressão sofrida anteriormente. É como se a pessoa buscasse revidar e, ao mesmo tempo, se livrar da dor que se sentiu em algum momento da Vida por ter sido ou ter se sentido traída, desprezada, subjugada, excluída, abandonada e por aí vai.

     Nem sempre o que a pessoa pensa ter acontecido realmente aconteceu. Por isso eu dizia no texto anterior que precisamos ampliar nossa consciência, nossas ideias a respeito das coisas, pois nem tudo o que entendemos de um jeito, é exatamente daquele jeito. E aí, muitas confusões, mal-entendidos que podem durar milênios acabam por gerar mais e mais dor. A revolta nunca cura, só machuca mais.

     Isso me faz lembrar de uma cena de um dos filmes da saga “Star Wars” em que o personagem Darth Vader (o malvado dos malvados), após ter sua máscara retirada numa luta com Luke Skywalker, aparece como um ser todo machucado e cheio de feridas! Simbolicamente, esta é a imagem de quem guarda mágoas, de quem acredita que se não tiver o poder, o domínio sobre os demais, se não vingar sua dor não tem valor. É um ser que tem muitos conflitos psíquicos, dores na Alma e que tenta se livrar delas agredindo, destruindo os demais para que só ele “brilhe”, se sobressaia. Temos visto tantos líderes mundiais agindo desta forma...

     Então, nosso desafio é mudarmos nossas atitudes com os demais e conosco mesmos. Sem perdão, que também requer ação, a esperança não existe. Sem auto perdão, acabamos entrando na culpa e não nos vemos com méritos para ser feliz e aí, nada de esperança. Sem compreender o outro, tentar dialogar e compreender verdadeiramente suas razões, não há esperança de que os conflitos cessem. Sem nos olharmos como seres com os mesmos direitos, porém com diferentes necessidades, tentaremos soluções generalizadas e que só atendem a uma parte das pessoas e isto gera desesperança e não esperança.

     Eu poderia ficar listando “n” coisas aqui, mas tenho certeza de que você caro leitor, já entendeu o espírito da coisa. Então, lhe pergunto: que tal rever-se e se colocar a serviço de uma nova forma de viver? Uma forma mais apaziguadora por ser mais compreensiva, inclusiva? Como seria estar a serviço da paz em qualquer circunstância da sua Vida? Topa o desafio?!

     Uma das maneiras de nos estimularmos a colaborar com a mudança que se faz urgente e necessária no mundo, é sabermos de histórias de pessoas que superaram grandes dificuldades e/ou fizeram a diferença em seu meio. Uma história que amo e que deixarei para quem tiver curiosidade, é a história da Vó Cida, a fundadora do Hospital de Fogo Selvagem de Uberaba. A história é linda, comovente e exemplo vivo e concreto de alguém que não se deu por vencida diante dos obstáculos gigantescos que encontrou! Vó Cida tinha esperança! Moveu-se! E o resultado, meu amigo leitor, convido você a conhecer através da história dela.

     Paz e Bem aos que não se deixam abater pela desesperança!

 

Bia Mattos

     Psicóloga CRP 06/29269

     (Escrito em 14/07/2025)

PS: sugestão de alguns links sobre Vó Cida: https://www.fogoselvagem.org/vocida.html https://www.lardacaridade.org.br/nossa-fundadora

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