Tocando Agora: ...

Coluna: Psicologia no Dia a Dia

Publicada em: 10/06/2025 07:29 - Colunas

Os valores e a integridade humana!

     Bom dia, caro leitor! Saúde e Paz para nós!

     No último fim de semana, minha sobrinha que mora no interior veio passear em São Paulo e perdeu a carteira com todos os documentos e uma quantia razoável em dinheiro dentro.

     A princípio, ela achou que tinha sido assaltada, afinal de contas, isso não seria nada muito incomum numa cidade como São Paulo. Ela ficou muito chateada com a situação, natural.

     No dia seguinte, ela me liga e diz: tia, acharam minha carteira com tudo dentro! Melhor notícia impossível! Mas o que gostaria de comentar aqui refere-se ao comentário da pessoa que encontrou a carteira dela. Ao falar para minha sobrinha que estava com a carteira, a moça que a encontrou disse para ela ficar despreocupada que não mexeria em nada, inclusive não pegaria uma nota sequer, referindo-se ao dinheiro, obviamente!

     Esse comentário me fez pensar em como temos perdido a noção da importância de valores como honestidade, sinceridade, integridade de caráter. Digo isto, pois algo que deveria ser o natural passa a ser inesperado, ou seja, encontrei algo que não é meu, então não tenho o direito de subtrair nada deste algo! Porém, tornou-se “normal” imaginarmos que a carteira seria devolvida sem o dinheiro. E ainda assim, se os documentos estiverem ali, ufa, ficaremos felizes em função da trabalheira que dá tirar novos.

     Não parece estranho pensarmos que os outros são desonestos? Mais estranho ainda para mim, a moça dizer que não mexeria em nada?!

     A moral da história, parece-me, é que é urgente repensarmos como nos vemos uns aos outros e no como temos normalizado o errado – pensar algo como “ah, o dinheiro não vai estar lá...”

     O perigo disso é que de tanto agirmos de uma determina maneira, isso passa a ser comum, de comum passa a ser natural e assim vamos nos habituando a agir na direção oposta do que deveria ser o correto, o melhor, o adequado.

     Ser íntegro é sinônimo de ser irrepreensível na nossa conduta, de sermos incorruptíveis. Não gosto do ditado que diz que “a ocasião faz o ladrão”. Não, a falta de educação de valores faz com que a pessoa normalize o incorreto. A partir daí, qualquer ocasião é propícia a sermos corruptíveis.

     Em tempos de tantas negociatas, de tanta desconsideração com o outro é fundamental repensarmos nossa conduta: a desconsideração com o outro, amanhã, poderá ser comigo. E aí vou me queixar do quê?!

 

     Paz e Bem aos que se respeitam e não renunciam à consciência tranquila!

 

Bia Mattos

Psicóloga CRP 06/29269

Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos

Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.     

Compartilhe:
COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!
Carregando...