Vontade!
Bom dia, caro leitor! Saúde e paz para todos
nós!
Gostaria
de refletir hoje com vocês a respeito de duas imagens que me tocaram
sensivelmente.
A
primeira foi ver Celine Dion cantando maravilhosamente na abertura dos jogos
olímpicos depois de ter experimentado os efeitos devastadores de uma doença
cruel contra a qual ela ainda luta e que poderia tê-la impedido de voltar a
cantar!
A outra
cena foi a da esgrimista brasileira Nathalie Moellhausen que, mesmo sob o
desconforto de dores terríveis, não desistiu de terminar o combate que havia
iniciado (a causa das dores é um tumor benigno na coluna).
O
que essas mulheres têm em comum, mais do que estarem doentes, é não se deixarem
abater pelas dificuldades, nada pequenas, que as doenças lhes trazem: dor,
muita dor!
É
aqui que entra a vontade! Infelizmente, confundimos desejo com vontade, ainda
mais no nosso idioma que nos permite usá-las como sinônimos.
Desejo
é uma necessidade que nos move a
procurar saciar as sensações de algo que nos falta. Já vontade é a
expressão direta de quem somos, é ela que nos permite decidir e executar toda e
qualquer ação consciente e deliberada, seja interna ou externamente.
Uma forma de diferenciarmos desejo de
vontade é
imaginarmos um desejo qualquer, por exemplo, fazer exercícios físicos toda
manhã. Mas aí, acordo e penso: “ah, hoje está frio, hoje estou cansado, amanhã
eu juro que começo!” E isso nunca acontece... O que temos aqui é um desejo
claro, mas com uma vontade fraca.
A
vontade é a força que nos permite ir na direção de realizarmos nossos desejos!
Todos nascemos com esta força, na verdade, somos esta força, mas nem sempre a
reconhecemos. E por confundirmos vontade forte com força de vontade, acabamos
nos cobrando pela “falta de força de vontade” e isso só nos deixa mais desanimados
conosco mesmos, pois nos cobramos de um jeito depreciativo, julgador, e vamos
ficando cada vez com menos condições de executarmos o que queremos.
Não reconhecermos
a vontade em nós, nos impede de treiná-la para que ela se torne forte o
suficiente e nos auxilie na execução dos nossos desejos.
A
boa notícia é que podemos fortalecer a vontade fazendo pequenos exercícios,
como por exemplo, agirmos de uma determinada maneira mesmo que isso ainda exija
uma certa dose de esforço. Observar-se no que esse esforço nos causa ajuda a
buscarmos formas de superar as dificuldades para a concretização de nossos
desejos. Isso é usar a vontade.
Imagino
que tanto Celine Dion como Nathalie Moellhausen desejaram muito estar nas
Olímpiadas, mas isto exigiu delas um trabalho consigo mesmas consciente de
superação de suas dores e dificuldades para realizarem seus desejos. Ou seja,
Celine Dion e Nathalie Moellhausen fizeram uso de sua vontade forte e sábia
para nos encantar com seus desempenhos e posturas diante da dor e da Vida!
E você, tem usado e fortalecido sua
vontade?! Garanto-lhe: isso faz toda a diferença em nossas Vidas!
Desejo que você não fique apenas no desejo, mas que realize,
voluntariamente, tudo o que lhe traz cada dia mais sentido à Vida! Que você
comece agora!
Bia Mattos
Psicóloga CRP 06/29269
Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos
Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.