Almeida Junior: Um Pioneiro da Arte Regionalista Brasileira 


José Ferraz de Almeida Júnior (1850-1899) foi um dos Maiores pintores do Brasil na segunda metade do Século XIX. Em 1869, encontrava-se inscrito na Academia Imperial de Belas Artes. Foi aluno de Jules Le Chevrel, Victor Meirelles e, possivelmente, Pedro Américo. Diversas crônicas relatam que seu jeito simplório e linguajar matuto causavam espanto aos membros da Academia.


Um decreto de 23 de março da Mordomia da Casa Imperial abriu um crédito de 300 francos mensais para que o pintor fosse estudar em Roma ou Paris. De volta ao Brasil em 1882, Almeida Júnior realiza sua primeira mostra individual na Academia Imperial de Belas Artes, exibindo sua produção parisiense, que inclui uma de suas principais obras de temática regionalista, como “O Derrubador Brasileiro" e "Caipiras negaceando"


Almeida Júnior tinha grande interesse pelos costumes, cores e temáticas regionais, o que o levou a explorar aspectos até então inéditos na arte desenvolvida no Brasil.


O artista representou em suas telas personagens e costumes do interior do país, realçando os modos de vida dos brasileiros sem recorrer à caricatura e se afastando das concepções europeias.


Obras como "Amolação Interrompida" "Apertando o Lombilho" e "O Violeiro" retratam de forma realista o cotidiano do caipira, o ambiente em que vivia (a pobreza, inclusive) e a sua vida. Tudo isso sem o ufanismo e o nacionalismo empregados pelos pintores da Academia


Almeida Júnior sempre teve o respeito dos Barões do Café e dos Republicanos de Itu, terra natal do Partido Republicano. O dia do artista plástico é comemorado em 8 de maio, dia do nascimento do pintor. Almeida Junior Morreu tragicamente assassinado pelo primo, marido de Maria Laura do Amaral, com quem o pintor manteve um romance por anos. 

Fonte: A morte no fim do mundo: a história do pintor Almeida Junior por Domício Pacheco e Silva.


Biografia : 


José Ferraz de Almeida Júnior nasceu em Itu (São Paulo) em 1850 e faleceu em Piracicaba (São Paulo) em 1899, vítima de um crime passional (foi morto pelo primo, marido de Maria Laura do Amaral, com quem o pintor manteve um romance por anos).


 Foi considerado um dos maiores artistas nacionais pela abordagem da temática do regionalismo e da cultura caipira, sendo um dos precursores do Realismo brasileiro.


 Em 1869, ingressou na Academia Imperial de Belas-artes (Aiba), no Rio de Janeiro, concluindo seus estudos em 1874. Voltou então para Itu, onde abriu um estúdio e trabalhou como professor de desenho e retratista.


 Patrocinado diretamente por Dom Pedro II, que se impressionou com suas obras em uma visita ao interior de São Paulo, estudou em Paris na École National Supérieure des Beaux-arts (Escola Nacional Superior de Belas-artes) entre 1876 e 1882. Embora tenha sido convidado posteriormente por Victor Meirelles (1832-1903) para dar aulas na Aiba, acabou permanecendo em São Paulo, onde fundou um novo ateliê em 1883 e onde veio a contribuir para o amadurecimento artístico da cidade.


             Júnior Sá.

  Colunista e Historiador.

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