Com o objetivo de preservar a dignidade e a saúde de mulheres e pessoas que menstruam, o Governo Federal lançou um projeto de fornecimento gratuito de absorventes nas unidades da Farmácia Popular. A Rede Drogal é integrante do programa e fará a distribuição para as pessoas em situação de vulnerabilidade social cadastradas na iniciativa. Podem participar estudantes da rede pública com renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa, moradoras de rua, além de mulheres com idade entre 10 a 49 anos e renda mensal de R$ 218.
As pessoas aptas ao benefício devem se cadastrar no Programa Dignidade Menstrual. O cadastro é feito pelo CadÚnico no site e aplicativo do Governo Federal ou nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Depois disso, a pessoa receberá a Autorização do Programa Dignidade Menstrual, em formato digital ou impresso. Com esse documento e o de identificação (que contenha foto e CPF) é que deve ser feita a retirada dos absorventes nas farmácias conveniadas. No caso de menores de 16 anos, o responsável legal deve cumprir esta tarefa.
Os absorventes higiênicos gratuitos podem ser adquiridos nas principais farmácias da Drogal que atendem o Programa Farmácia Popular. Cada pessoa terá direito a 40 (quarenta) unidades de absorventes higiênicos para utilizar durante dois ciclos menstruais, ou seja, a cada período de 56 (cinquenta e seis) dias.
Farmácia Popular na Drogal – A Rede Drogal possui 114 farmácias cadastradas no Programa Farmácia Popular em mais de 35 cidades. Para consultar qual unidade mais próxima da sua casa, basta acessar www.drogal.com.br/farmacia-
Dignidade Menstrual – Dados apresentados no Guia de Implementação do Programa Dignidade Menstrual - 2024 revelam que 1 em cada 4 meninas faltam à escola no Brasil durante a menstruação, o que traz prejuízos à sua aprendizagem. Além disso, pessoas mais pobres têm mais chances de perder dias de trabalho por causa da menstruação. Entre jovens de 14 a 24 anos, 32% declararam que já aconteceu de não terem dinheiro para comprar absorvente.
Segundo a UNICEF, muitas pessoas utilizam materiais impróprios para absorver o sangue menstrual, como panos sujos e jornais – o que pode resultar em doenças e infecções urogenitais, câncer de colo de útero ou Síndrome do Choque Tóxico. No Brasil, 33% das mulheres já usaram papel higiênico no lugar do absorvente.
Foi com a proposta de promover a saúde de quem menstrua e dar oportunidades para que acessem espaços e outros direitos sem restrições que nasceu o Programa Dignidade Menstrual. O objetivo é alcançar 24 milhões de pessoas.
Por Engenho da Notícia