No universo da saúde, a Portaria nº 344 se destaca como um pilar essencial para o controle de medicamentos psicotrópicos no Brasil. Esta regulamentação visa promover a segurança no manuseio de substâncias que demandam atenção especial, por apresentarem potencial de causar dependência ou riscos à saúde quando utilizadas de forma inadequada.
Seu propósito é claro: buscar o equilíbrio entre a disponibilidade de medicamentos e a necessidade de proteger o bem-estar de todos. Neste contexto, o papel do profissional farmacêutico é fundamental em todas as fases da implementação desta Portaria, pois sua atuação abrange desde a gestão de estoque até a efetiva utilização desses medicamentos de forma rigorosamente controlada.
No dia do Farmacêutico, 20 de janeiro, a Santa Casa de Piracicaba ressalta a importância dos profissionais capacitados em desenvolver atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e materiais médico-hospitalares em cumprimento à Portaria 344.
Na Instituição, eles somam nove farmacêuticos que atuam com o apoio de uma equipe composta por 105 funcionários habilidosamente treinados para atuar nas oito farmácias satélites e nas oito áreas de apoio coordenadas pelo setor de farmácia para o efetivo e rígido controle dos mais de 210 mil medicamentos dispensados mensalmente no complexo hospitalar a pacientes internados.
“A gestão de estoque, que abrange desde a aquisição até a dispensação de medicamentos, é um dos pontos essenciais para o sucesso do controle proposto pela Portaria nº 344. Na Santa Casa de Piracicaba, este controle é meticulosamente realizado, envolvendo a identificação diferenciada, conferência diária do estoque físico e via sistema, além do armazenamento em armários específicos. A dispensação é personalizada e administrada pela equipe de enfermagem de forma individualizada e por horário, proporcionando uma abordagem cuidadosa e eficaz”, explica a farmacêutica coordenadora do setor de Farmácia, Juliana Castro.
Segundo ela, a transparência e a responsabilidade estão intrínsecas no processo de controle e são evidenciadas pelo envio trimestral do livro eletrônico à Vigilância Sanitária, detalhando entradas, saídas e posição de estoque dos psicotrópicos. bem como mensalmente são reportados os medicamentos vencidos e com avarias.
A farmacêutica ressalta também a atuação colaborativa do profissional farmacêutico junto à equipe multiprofissional que, segundo ela, é imperativa para garantir o uso seguro e eficaz desses medicamentos. "Essa integração fortalece a abordagem holística no cuidado ao paciente, assegurando que a terapêutica seja aplicada de maneira adequada e personalizada”, salienta Juliana.
Para ela, o profissional farmacêutico, com sua dedicação e expertise, torna-se um ‘guardião’ efetivo dessa missão, garantindo que os medicamentos psicotrópicos sejam gerenciados com o máximo de cuidado, responsabilidade e respeito à saúde pública.