Desde 2019, um projeto iniciado pela Cúria Diocesana de Piracicaba, ao tempo do bispo D. Eduardo Koaik, funciona numa casa emprestada pelo Lar dos Velhinhos de Piracicaba, o Banco de Remédios. O projeto teve sua origem em 1981, quando mulheres de médicos de Piracicaba procuraram a Cúria e D. Eduardo então sugeriu que elas trouxessem os remédios entregues por representantes das indústrias farmacêuticas em visitas aos consultórios médicos da cidade, para que fossem agrupados num local lá mesmo na Cúria, para posterior distribuição aos carentes.

Hoje atende cerca de 300 pessoas semanalmente e 1200 a cada mês, que só com receitas médicas, autorizadas pelo SUS, são capazes de solicitar vários tipos de remédios que são doados pelo projeto aos mais carentes e necessitados. Segundo Selma Ferrato, atual presidente da entidade “desde agosto de 2021, nos transformamos numa Associação, com um caráter mais formal e nos oficializamos perante os poderes constituídos da cidade, para intermediar remédios às pessoas mais necessitadas”. Ao seu lado, como vice, atua o ex-secretário, ex vereador e presidente da Câmara Municial, Antonio Oswaldo Storel, entre outros importantes diretores.

No início, o projeto agregou cerca de 30 pessoas voluntárias, hoje são apenas seis. Fazem rifas e outras atividades para arrecadarem os R$ 3.500,00 necessários para o pagamento de um funcionário, farmacêutico, responsável técnico pelo Banco de remédios. Para o farmacêutico David Thiago Vicente, “atendemos especialmente pedidos para problemas cardiológicos, endocrinológicos, tireoide. A Dipirona está entre os mais solicitados. Recebemos doações de voluntários, lideranças comunitárias e, quando preciso, vamos até os consultórios médicos retirar amostras”, explicou ele.

O também diretor e representante do Lar dos Velhinhos no projeto, Edgard Rubens Lucafó define que “os remédios, aos necessitados, são igualmente importantes como a alimentação diária. E muitos dos que aqui acorrem, não tem condições financeiras de comprar as receitas médicas que recebem nos atendimentos médicos do SUS. Embora, vez o ou outra recebamos pedidos também de pessoas de possuem convênios médicos com outros hospitais da nossa cidade.”

O Banco de remédios funciona de segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas no Lar dos Velhinhos. E a presidente, Selma Ferrato, apela aos amigos, empresários e os que puderem colaborar para que o Banco não interrompa suas ações. “Nesse momento, nosso maior problema é pagar o salário de R$ 3.500,00 (com os encargos incluídos) ao farmacêutico que nos atende aqui. Por isso, estamos solicitando o apoio dos piracicabanos que nos procurem ou façam doações ao Banco de Remédios, através da nossa conta no Banco do Brasil, agência 0056, conta corrente 125084-1 ou via pix pelo nosso CNPJ 44689855-0001/47. Podem também ligar para o meu celular particular 99748.1045 que eu mesma poderei orientar sobre os procedimentos.”

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