A Prefeitura de Piracicaba, por meio do Misp (Museu da Imagem e Som de Piracicaba), equipamento mantido pela Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural), realizou e apoiou 74 sessões de cinema gratuitas em 2023. As exibições aconteceram na Biblioteca Municipal Ricardo Ferraz de Arruda Pinto, na sala 2 do Teatro Municipal Dr. Losso Netto, no Teatro Municipal Erotides de Campos, além de filmes exibidos no bairro Bosques do Lenheiro, por meio do Projeto Cine Solar, e também no Horto Florestal de Tupi.

O anfiteatro da Biblioteca Municipal foi o local que mais recebeu sessões, foram 58 exibições nos 12 meses do ano. A média de sessões é de cinco filmes por mês, exceto em abril, com 11 sessões na 6ª Mostra Livre de Cinema, realizada pela Frame 7 Cinema com apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Semac e do Misp.

As sessões na Biblioteca Municipal receberam filmes por meio da parceria entre o Misp e o projeto Pontos MIS, por meio do Mis (Museu da Imagem e Som) de São Paulo. Outro projeto que levou cinema de graça à população na biblioteca foi o Nhô Cine, uma realização do Cena 14, Misp e Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), com exibições de produções nacionais e locais.

Entre as produções exibidas estão Garoto Cósmico, A Garota Radiante, Canta Maria, O Último Ônibus, Minhocas, Para Onde Voam as Feiticeiras, Quando Eu Era Vivo, Pedro e Inês: o amor não Descansa, Insônia, Uma noite em Veneza, Meu filho é um craque, O sonho de Greta, A ilha de Bergman, Além do Homem, entre outros.

Já o Teatro Municipal Erotides de Campos foi sala de cinema em três ocasiões. No mês de abril, recebeu uma sessão com produções do interior de São Paulo, sendo três de Pìracicaba (Sobre Mendigos, Meninos e Palhaços, De onde eu Vim e Manual do Século 21), dentro da Creative Film Finance Forum (Fórum de Negócios Audiovisuais, Mercado e Internet). A mostra ainda celebrou um ano de atividades do projeto Nhô Cine.

O Erotides de Campos também recebeu, em agosto, uma sessão do filme Homem ao Mar, produção da Rubro Filmes, com direção de Gabriel Ávila, de Piracicaba. Antes do chegar à cidade, rodou por três anos em mostras e festivais nacionais e internacionais. Foi inclusive premiado em algumas participações, como Melhor Filme Inovador, recebido pela Indo American International Festival Of World Cinema, Melhor Beijo, no Rima (Rio Internacional Monthly Awards), e Melhor Trailer, no Festival Cawcine.

Ainda em agosto, o Teatro Erotides de Campos recebeu o 1º Festival de Cinema Coreano de São Paulo, em celebração aos 60 anos da imigração coreana ao Brasil, com exibição de 11 longas-metragens produzidos no país asiático.

No Teatro Municipal Dr. Losso Netto, em setembro, o Misp promoveu uma sessão gratuita na sala 2 com o documentário nacional Geraldo Filme. O premiado documentário drama, de 1998, relata a vida deste que foi um dos grandes compositores da história do samba, Geraldo Filme.

CINEMA DESCENTRALIZADO – O Misp participou de duas sessões gratuitas fora da área central de Piracicaba. Em maio, apoiou a exibição do CineSolar, o primeiro cinema itinerante movido a energia solar do Brasil, com realização da CPFL Energia que levou o filme Pluft, o Fantasminha, à quadra Poliesportiva do Bosques do Lenheiro. Mais de 160 pessoas participaram da ação.

Outra sessão gratuita descentralizada aconteceu em junho, no Horto de Tupi, dentro do projeto Cinema e Trilha Noturna, na programação das Simapira (Semanas Integradas do Meio Ambiente), realizada pelo NEA (Núcleo de Educação Ambiental). Cerca de 60 pessoas prestigiaram e participaram da atividade, que exibiu o filme Idade da Água, com direção de Orlando Senn e produção de Hermes Leal.

DEMOCRATIZAÇÃO – O diretor do Misp, Pedro Maurano, à frente do equipamento ligado à Semac desde 2022, fala da importância de oferecer cinema gratuito. “São sessões cuja abrangência é quase exclusivamente de produção não comerciais, que oferecem reflexões sobre meio ambiente, saúde mental, a importância de respeitar as diferenças, culturas de outros países, entre outros temas. São filmes que contribuem para a formação da pessoa enquanto cidadã”.

Maurano conta que as sessões, em todos os espaços utilizados em 2023, atraíram públicos distintos. “Com a variedade de gêneros dos filmes, recebemos tanto famílias com crianças, como grupo de adolescentes, idosos e adultos, sozinhos ou entre amigos”.

Após a exibição dos filmes, destaca Maurano, o Misp promovia debates com o público sobre temas abordados na produção que assistiram. “Quando era no projeto Nhô Cine, os debates tinham ainda a presença de diretores e pessoas que participaram da produção dos filmes, o que enriquecia muito a conversa com as pessoas”.

Para 2024, o diretor do Misp afirma que já planeja as sessões de cinema gratuitas para todos os meses do ano, enquanto aguarda ser confirmada a renovação da parceria com o Projeto Ponto Mis do Mis SP, que já acontece há 4 anos. “A maioria dos filmes que exibimos são oriundos desta parceria, que detém os direitos autorais das produções e libera à Prefeitura de Piracicaba para estas sessões. A oficialização da renovação acontecerá até o fim deste mês de janeiro”, conta.

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