Impotente: você já se sentiu assim?!

Bom dia! Paz e bem a todos!

Você já se sentiu impotente diante de alguma situação?! Acho difícil que não, pois a vida, com sua imprevisibilidade, muitas vezes nos deixa totalmente sem ação! Seja por nunca imaginarmos passar por determinada situação ou pelo imprevisto da coisa ou ainda, por não podermos fazer nada a respeito, literalmente!

Se você já passou por uma situação dessas, bem vinda(o)! TODOS nós vivemos isto um dia! E tudo bem, é inerente ao viver.

Porém, a questão que este tipo de situação levanta é: como você lida com esta sensação de impotência, de total e absoluta falta de forças ou meios para lidar com certas situações?!

Não existe uma resposta única, mas existem algumas coisas que podemos fazer para amenizar o impacto da sensação de impotência e lidar com ela!

Uma das primeiras coisas a se compreender é que a vida é um processo que independe do nosso controle, mesmo quando fazemos nosso máximo pode ser que o resultado seja totalmente diferente do esperado. É uma ilusão acreditar que controlamos a vida! Quer um exemplo bobo?! Você se preparou profundamente para uma entrevista de emprego que, no dia, é desmarcada pois você foi internado com apendicite!!! Como você reage a esta “falta de sorte”? Você culpa alguém? Você se revolta com a vida? Ou você aceita sua impotência diante do fato?!

E se não controlamos nada de forma absoluta, é fundamental aprendermos a aceitar, o que é diferente de concordar, com os processos da vida. Aceitar tem a ver com respeitar, compreender que aquilo vai para além das nossas possibilidades de fazer algo a respeito. Concordar é diferente, concordar significa dar nosso aval. E não se trata disso, posso discordar e ao mesmo tempo aceitar: gostaria que fosse de outro jeito (é a discordância), mas não me revolto ou sofro em demasia porque não será como eu gostaria (aceitação).

Algumas pessoas têm dificuldade em se entregar ao fluxo da vida e à sua sabedoria. Muitos eventos que parecem negativos, após um tempo mostram-se como o melhor que poderia ter acontecido. Até comentamos:” ainda bem que não fui”, “era para eu estar lá”, “foi livramento...” Muitas tragédias trazem relatos de pessoas que deveriam estar na situação e que, na última hora, um imprevisto as impediu de ir e acabou por livrá-las de sofrer um desastre ou catástrofe. Mas nem sempre nos entregamos à sabedoria do fluxo das coisas. Queremos controlar o tempo todo! 

A consequência disso?! Desgaste, ansiedade, angústia e sofrimento! Uma das maiores dificuldades do ser humano contemporâneo é a ansiedade: a “arte” de antecipar as coisas. A pessoa ansiosa não vive no presente, está sempre preocupada (pré-ocupada) com o que vai acontecer, teme os imprevistos... 

O que causa isso, no final das contas?! 

Há muitos fatores, mas no geral, podemos pensar que sofrer de ansiedade, de medo de não dar conta dos eventos da existência, de se sentir impotente está relacionado com falta de confiança em si mesmo, na própria capacidade de lidar com o que quer que se apresente ou aconteça! 

Autoestima tem a ver com acreditar que posso, que serei capaz de achar uma saída se as coisas não acontecerem como eu imaginava ou gostaria.

Portanto, deixo aqui uma sugestão de reflexão, ou se quiser, use como material para meditação, ou ainda, como um mantra que é e que foi dito pelo Prof. Hermógenes, um grande mestre e um dos precursores do yoga no Brasil. Diz assim: "entrego, confio, aceito e agradeço". 

É desafiador, mas libertador também, entregar-se, não controlar mais! Confiar em si e no fluxo da Vida! 

Quanto mais confiamos em nós e na Vida, mais tranquilidade sentimos, sabemos que “daremos um jeito”! 

Consequentemente, aceitamos que tudo tem uma razão, mesmo quando não a entendemos num primeiro momento, e isto reforça, fortalece nossa confiança na Vida e ganhamos tranquilidade na alma! 

E por nos sentirmos mais tranquilos e confiantes, desenvolvemos um sentimento de gratidão por tudo! Tudo passa a ser oportunidade de conhecer e crescer, e porque não, de ser cada vez mais feliz! 

Este é o meu convite nesta semana pra você: entregue, confie, aceite e agradeça!

 Bia Mattos

Psicóloga CRP 06/29269

Colunista: Maria Beatriz da Silva Mattos

Psicoterapeuta, Supervisora Clínica, Orientadora Vocacional, Facilitadora nos Cursos de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Unipaz São Paulo e Paraná. Autora dos livros Espiritualidade em Psicologia: Psicossíntese, uma Psicologia com Alma e Orientação Vocacional - Uma Proposta Transpessoal.