Por Vitor Prates - Radio Piracicaba
Foto: Marcos Ribolli
A
FIFA comunicou nesta segunda-feira (14) que a Confederação Brasileira de
Futebol, foi condenada a pagar 550 mil francos suíços, o equivalente a 3,1 milhões
de reais, a multa foi referente ao jogo entre Brasil e Argentina, que acabou
sendo suspenso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ao
entrar no gramado no Estádio Neo Química Arena, em São Paulo, após pedir a
deportação de quatro argentinos que haviam furado as medidas sanitárias contra
a Covid-19, no país naquela ocasião.
Já
a AFA, também recebeu uma multa em torno de 250 mil francos, cerca de R$ 1,4
milhão. Os jogadores que burlaram as regras sanitárias foram (Emiliano
Martínez, Giovanni Lo Celso, Cristian Romero e Emiliano Buendía) foram suspensos
por dois jogos, que terão de ser cumpridos na data Fifa de março. Ou seja, eles
poderão ser eventualmente convocados para o novo Brasil x Argentina.
As duas entidades podem
recorrer da decisão da FIFA. Primeiro no Comitê de Apelação da própria entidade
máxima do futebol mundial. E depois, caso queriam, no Tribunal Arbitral do
Esporte (TAS).
A partida é valida pelas Eliminatórias
da Copa do Mundo do Catar e deverá ser disputado em data e local ainda ser
definido pela FIFA. As duas seleções já estão classificadas para o Mundial, que
acontece em novembro.
Entenda o
caso
No dia 5 de setembro de
2021, o jogo entre Brasil e Argentina foi interrompido quatro minutos após o
apito inicial. Na beira do campo, técnicos da Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) tentavam notificar quatro jogadores da Argentina que
teriam burlado normas sanitárias ao entrar no Brasil.
Eram eles Emiliano
Martínez, Giovanni Lo Celso, Cristian Romero e Emiliano Buendía. Os três
primeiros eram titulares e estavam em campo. Os quatro jogam na Inglaterra.
Àquela altura – setembro de 2021– pessoas provenientes daquele país tinham que
fazer quarentena de 14 dias ao entrar no Brasil.
Mas, ao entrarem no
Brasil, dois dias antes do jogo, os quatro omitiram esse fato das autoridades
brasileiras. A Anvisa só se deu conta no dia seguinte, depois que eles já
tinham treinado e circulado pelo Brasil. Todos estavam vacinados e apresentavam
testes negativos para Covid-19.
No dia 4 de setembro, um
sábado – dia seguinte à chegada dos argentinos e véspera do jogo contra o
Brasil – houve várias tentativas de negociar uma saída para o caso. Mas as
reuniões entre Anvisa, Ministério da Saúde e AFA (Associação de Futebol da
Argentina) terminaram sem solução.