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22/01/2022 08H06
Robinho surgiu para o futebol no início dos anos 2000, numa edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior e, como um foguete, conquistou prestígio graças a sua impressionante qualidade no trato com a bola.
Chamado de o rei das pedaladas, fez parte do inesquecível time dos "meninos da Vila", ao lado de Neymar, Ganso e Diego, entre outros.
Em função de suas admiráveis qualidades como atleta foi negociado com o futebol italiano e, mais uma vez, suas qualidades como atleta, o consagraram.
Mas Robinho não aliou sua excelente formação de atleta com a formação do ser humano e, em 2009, viu seu nome envolvido num escândalo sexual sem precedentes ao ser acusado de estupro de uma jovem albanesa, numa casa noturna.
Como é de praxe nesses casos, ele negou e jogou a culpa na jovem, afirmando que provaria sua inocência. O Santos, há alguns anos atrás, o contratou, mas, devido a uma enorme pressão da torcida e dos patrocinadores, foi obrigado a rescindir o contrato.
Robinho, mais uma vez, alegou inocência dizendo que o julgamento do caso não havia sido concluído e que ele, com certeza, no julgamento final, seria absolvido.
Na terça-feira, a Corte de Cassacao da Itália, o STF de lá, manteve a pena recebida pelo atleta, de 9 anos de reclusão.
Da mesma forma meteórica que surgiu para o futebol, Robinho encerrou sua promissora carreira. Ele ainda não será preso por vários motivos, mas, pergunto, com que cara ele vai olhar para seus filhos e esposa? Como ele vai conseguir viver sob os olhares das pessoas no seu dia a dia? Como ele vai suportar o julgamento das redes sociais? Como ele resistirá à cobertura da mídia?
Poderia fazer mais uma série de questionamentos, mas vou parar por aqui. A verdade é que Robinho cometeu o mais hediondo dos crimes: o estupro de uma mulher. E, por isso, ele pagará caríssimo, servindo seu castigo, como exemplo para outros atletas que se julguem inatingiveis em função da fama.
Colunista: Carlos Eduardo Gaiad - Jornalista