2022: ansiamos por dias
melhores
Eliana Teixeira
Fim de ano sempre é tempo
de reflexão, momento em que, mesmo em meio a correria de tantos afazeres, em
algum instante nos sentamos em uma cadeira, sofá ou encostamos em uma parede,
ainda que por minutos, e nos lembramos dos acontecimentos importantes vividos
ao longo dos 12 meses. E vamos falar a verdade, se 2020 foi assustador pela
inesperada pandemia do novo coronavírus, 2021 teve o peso da incerteza que
prevaleceu no ano anterior, quando nem ao menos tínhamos vacinas disponíveis.
Por falar em imunizante, um levantamento feito pela Consultoria Cause e o
Instituto de Pesquisa Ideia mostrou que 22% dos brasileiros elegeram “vacina”
como a palavra do ano em 2021. “Vacina” é seguida por “esperança”, que foi
lembrada por 15% dos entrevistados, sendo que o terceiro lugar foi definido por
11% dos brasileiros, ao citarem “incerteza” como a palavra de 2021.
Diante desse cenário, o
que sabemos é que “vacina” continuará sendo uma palavra bastante usada em 2022,
com a sequência e o início das terceira e quarta doses, respectivamente,
considerando a importância da imunização contra as variantes da Covid-19. Que
as vacinas sejam tão aplicadas como a palavra tem sido tão falada nesses quase dois
anos de pandemia.
Se há um pedido que
desejamos, sem dúvida alguma, é que a esperança prevaleça e que toda incerteza
seja apenas uma palavra no registro de um período de nossa história, de dolorosas
lembranças, onde muitos de nós têm algum familiar, parente ou amigo na triste
estatística dos cerca de 620 mil mortos por Covid-19 no País.
Com esperança, após
tantas lágrimas vertidas diante de centenas de milhares de mortes, desejamos
que todos e todas as pessoas – crianças, jovens, adultos e idosos – estejam
imunizados; que a politicagem não prevaleça em relação aos interesses do povo;
que haja comida no prato de tantos que, para sobreviver, buscam e se alimentam
até mesmo de lixo.
Eu, particularmente,
anseio por um mundo com menos bilionários interessados em investir seus
incontáveis dólares em viagens espaciais, e mais gente despida do
individualismo que ignora a cruel realidade da pirâmide invertida que prevalece
no globo terrestre, onde nações ricas são incapazes de distribuir vacinas às
mais pobres, ou a massa de trabalhadores – classes baixa e média - e miseráveis
fica com a menor ou sem a fatia do bolo econômico, para que uma pequena parcela
de afortunados continuem a usufruir de privilégios neste Brasil estupidamente
desigual.
Eu espero por dias
melhores, com crianças alimentadas, jovens iniciando e concluindo o ensino
superior, adultos com remuneração justa e idosos vivendo dignamente. Isso é
esperança: confiança de que algo bom acontecerá! Feliz Natal e um próspero Ano
Novo, a todos e a todas!
Eliana Teixeira,
diretora-editora do O Canal da Lili. Se inscreva no YouTube https://www.youtube.com/channel/UCeIPdsYWpQaaLMzHHvHv1_A
. Acesse o site: www.ocanaldalili.com.br
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