Há exatos 57 anos, um
estrondo aconteceu em Piracicaba. No dia 6 de novembro de 1964, uma nuvem de
poeira fez a cidade anoitecer. Era 13:35, o Edifício “Luiz de Queiroz”, o COMURBA,
vinha abaixo uma parte. Foram gritos, pânico e muita correria.
Foram 54 mortos e a comoção
que tomou conta da cidade. O governador Adhemar
e Barros veio a Piracicaba para averiguar a tragédia, o prefeito na época
Luciano Guidotti não quis recebe-lô. Os escombros permaneceram por anos na
Praça José Bonifácio.
A tragédia
poderia ter ser maior se o Cine Plaza, que ficava no térreo, tivesse começado a
sessão das duas da tarde.
Pois metade do prédio caiu e a outra parte ficou vários anos como uma ruína na Praça José Bonifácio. O desastre adiou por muitos anos o processo de verticalização urbana de Piracicaba.
Edifício Luiz de Queiroz. Foi construído pela COMURBA (Companhia de Melhoramentos Urbanos), empresa formada através da associação das principais fortunas piracicabanas.
Tratava-se
da mais bela e arrojada obra arquitetônica e de engenharia do interior
paulista, com leve semelhança ao edifício Copan, de São Paulo. Projeto do
renomado arquiteto Fábio Penteado, o edifício estava com 14 andares
construídos, com 54 apartamentos aguardando as famílias proprietárias e outra
ala quase pronta para abrigar escritórios. No térreo, já funcionava o então
também mais belo cinema interiorano, o Cine Plaza, de propriedade de Francisco
Andia, com capacidade para 1.300 pessoas.
No
dia 6 de novembro de 1964, o edifício ruiu. Era um sonho – com 22 mil metros
quadrados, a maior área construída no interior do Brasil. Foi às 13h30 daquele
dia. Morreram 45 pessoas. Um dos mais dolorosos mistérios de Piracicaba pairou,
com suas cinzas fúnebres, sobre a cidade por quase duas décadas. As ruínas
foram recolhidas – e derrubados os últimos escombros – apenas em 1971.
Com informações do Site A Província