Mais um pouco e chegaremos a novembro, penúltimo mês de um ano que todos desejam que acabe logo, pelas notícias negativas que marcaram seus dias, especialmente sobre as centenas de milhares de brasileiros mortos pela Covid. 

Novembro é o mês da campanha de prevenção contra o câncer de prostata e, por isso mesmo, chamado de Novembro Azul, numa referência, agora indevida, as pessoas do gênero masculino. 

Essa campanha extremamente benéfica, poderia atingir resultados ainda mais expressivos, se não fosse o descabido preconceito pelo exame de toque, um dos métodos utilizados pelos urologistas para detectar a presença do terrível câncer de prostata. 

Uma cena muito comum durante a campanha é ver os consultórios médicos com a presença de homens visivelmente constrangidos por tentarem adivinhar o que os demais estão pensando, esquecendo-se que todos estão ali pelo mesmo motivo, o toque. 

Engraçado é ouvir as justificativas daqueles que se recusam a fazer o referido exame, a mais comum, a da afronta a masculinidade e, com isso, acabam colocando em risco a própria vida, além de terem que conviver com sintomas extremamente desagradáveis.

Essa cultura da masculinidade vem desde a mais tenra infância onde se cunhou a frase "onde mamãe passou talco, ninguém põe a mão" e várias também são as piadas contadas para ilustrar o referido exame, como a da visita que um paciente faz todos os anos, no dia de finados, ao túmulo do seu falecido urologista.

Brincadeiras à parte, vale lembrar a importância da prevenção não só para o câncer de prostata, mas para todas as doenças por mais simples que sejam. 

Colunista: Carlos Eduardo Gaiad - Jornalista

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