O
tempo passa. A criança fica.
Os pés
descalços na terra, na poça, no pedal da bicicleta. Cabelos aos vento. O vento
na face. O sol. A dança dos movimentos ágeis é fáceis.
A
infância que vivemos vive em nós. Até os últimos dias e momentos finais.
A
mente mente pra gente, desejando o que o corpo não acompanha.
Passando
pela existência tememos a passagem ... o tempo todo.
Medo
do que não controlamos. Medo do fim.
E a
criança em nós não estava, não está, e nunca estará "preparada" para
um monte de coisas ... situações aparecem e, não importa a idade biológica, a
gente só aprende através das sérias brincadeiras da vida.
Olhando
para a criança nos encontramos. Frágeis fortalezas, vulneráveis amparados,
sábios ignorantes, finitos eternos.
A
criança em nós não tem idade. É nossa essência. Nossa verdade soberana. Nos
acompanha fielmente e somos guiados por ela.
Como
você se vê na imaginação? Como pinta sua própria figura quando simplesmente
pensa nela? Sem olhar no espelho.
Como
sente seu SER que habita o corpo?
Experimente.
É com os olhos fechados que a gente se vê de verdade.
O que
você enxerga no seu escuro?
Eu
vejo jovialidade, leveza, dança, vento, brincadeira, gargalhadas ... me vejo
viva criança e 1 criança viva!
Aprendizado
lúdico que a vida me proporciona!
A gente só morre se a criança morrer! Cuidemos para não matarmos a nossa.
Colunista: Gabriela Bertoli - Jornalista