Esta semana li uma postagem no Facebook na qual o autor fazia um comentário sobre o título de "mulher do ano", criticando o fato da cantora Annita ter recebido essa distinção por parte de uma entidade internacional, fazendo uma comparação com a professora mineira que faleceu em função de queimaduras recebidas quando tentava salvar alunos da escola onde trabalhava, atingida por um incêndio.
Colunas
08/10/2021 07H22
Durante o reality show da Globo, BBB, é comum ver o apresentador chamando os participantes de heróis e quando isso acontece as redes sociais se enchem de comentários questionando o uso indevido dessa terminologia.
Os adeptos do presidente Jair Bolsonaro o chamam de "mito", provocando reações contrárias dos seus opositores.
Na realidade essas inversões de valores ocorrem na maioria das vezes por culpa de setores da mídia e logo viralizam, ganhando proporções inimagináveis e, consequentemente, levantando muita polêmica.
Não vou entrar no mérito da questão. Vou focar no aspecto que considero negativo quanto ao uso indevido de terminologias com o objetivo de destacar os feitos e conquistas de algumas pessoas.
Quando se banaliza termos como "heróis", personalidade do ano, "ídolo", " mito" e tantas outras, esses títulos acabam perdendo sua importância e desvirtuam o objetivo da homenagem, porque deixam de ser importantes.
Esse é um problema sem solução, sem dúvida nenhuma, mas pode ser amenizado se esses termos honoríficos passarem a ser usados com mais parcimônia.
Colunista: Carlos Eduardo Gaiad - Jornalista