A modalidade esportiva de Tiro com Arco surgiu no século XVI e XVII. O primeiro indício de um torneio se deu em 1673, na Inglaterra. Em 1900 o Tiro com Arco foi inserido nos Jogos Olímpicos,  mas ficou por pouco tempo em função de que cada país tinha suas próprias regras, e só retornou  em  1972 quando a Federação Internacional de Tiro com Arco (FITA) exigiu a adoção de regras na modalidade, o que favoreceu a divulgação e fortaleceu o esporte.

As provas de tiro com arco baseiam-se em atirar fechas em um alvo com um arco a uma determinada distância. Dessa forma existem vários tipos de provas. O objetivo é ter a constância do tiro a fim de conseguir a melhor pontuação. As provas costumas ser bastante extenuantes, quer seja pela grande repetição dos movimentos, exposição intempéries e a longa duração. Quando participei do Campeonato Sul-Americano, tivemos uma prova que durou 7 horas, que além do sol, tínhamos que subir e descer montanhas durante o dia.

 A prova mais conhecida é aquela realizada nas olimpíadas. Nela o atleta dispara 72 flechas em um alvo que fica a 70 metros de distância. O alvo tem o diâmetro máximo de um metro e vinte centímetros e o centro do alvo, maior pontuação tem o tamanho de 12 centímetros de diâmetro.  Apenas para ilustrar no nosso dia-a-dia, é acertar um pires de xícara a quase 1 quarteirão de distância!

Mas calma lá, tem provas mais simples, com distancias menores e tão desafiadoras quanto uma prova olímpica. É o caso das indoor, onde o atleta atira 60 flechas a uma distância de 18 metros e o tamanho do alvo é bem menor.  Geralmente realizada dentro de ginásios cobertos, essa prova foi criada para que os atletas do hemisfério norte pudessem atirar durante o inverno.

Para quem gosta de contato com a natureza, e variar as distancias dos alvos, existe as provas de campo, conhecidas como “Field”. Geralmente são realizadas em bosques e matas, os alvos estão a distancias que variam de 9 a 72 metros e o atleta está sujeito a todas as variações de um ambiente externo como inclinação do terreno, luminosidade, ventos, chuvas, entre outros.

E tem também para quem acha que ficar no chão atirando é muito monótono, tem a opção de atirar sobre um cavalo galopando. A técnica de tiro muda completamente, além de que o atleta precisa se ancorar no cavalo apenas com as pernas.

O campo de treino da APAF atende a grande maioria das distancias de provas. Se interessou por alguma dessas provas, vem atirar com a gente!

Bora atirar?



Colunista: Rogério Facin, arqueiro e instrutor de tiro com arco pela APAF – Associação Piracicabana de Arco e Flecha

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